segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Rui Rio polémico # Desemprego jovem a subir # Os globos de ouro

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia!
Que tal o fim-de-semana? Espero que retemperador :)
Vamos às notícias, então.

Os globos de ouro vestiram-se de preto em protesto contra os casos de assédio que têm posto Hollywood à beira de um ataque de nervos. Os discursos também foram frontais. E os prémios, de que gostamos sempre tanto, até passaram para segundo plano. Só quase, porque houve Time's Up, Oprah, Big Little Lies e Três Cartazes à Beira da Estrada.
Bannon deu o dito por não dito: o ex-estratega de Trump mostrou-se arrependido pelo que disse sobre o Presidente, para o livro que provocou fogo e fúria na Casa Branca, e disse agora que Trump Jr é, afinal, "um patriota". Enquanto isso, Donald Trump diz-se disposto a falar com Kim: "Absolutamente", diz ele.
Inés Arrimadas não abdica de formar Governo na Catalunha. Mas, numa entrevista ao El Pais, explica que o vai fazer passo a passo.
Morreu o decano dos astronautas. John Young, o astronauta norte-americano que andou na Lua em 1972 e foi a única pessoa a voar em três programas diferentes da NASA, morreu aos 87 anos.  
Por aqui, no futebol, os grandes venceram todos. No caso do Benfica foi uma vitória do costume, ao Sporting tudo correu bem, enquanto no caso do Porto... foi um jogador a correr muito que deu a volta a um problema. E assim a primeira volta fechou com o 'dragão' na frente. Já em Espanha, o Real Madrid empatou e vai de mal a pior.

O que marca o dia

Rui Rio admite apoiar um Governo minoritário do PS após eleições. Na entrevista ao PÚBLICO e Renascença com que arranca a última semana de campanha, explica porquê, avisa que não há condições para um acordo sobre descentralização, sugere outro tipo de reforma do sistema político (tudo aqui). E resiste: "Não vou em modas nem pressões".
Ontem, o bate-boca no partido voltou a aquecer. Santana Lopes não gostou de ouvir Rio a pedir-lhe explicações sobre a entrada do Montepio na Santa Casa e sugeriu-lhe... “Rennie, Kompensan ou Alka-Seltzer”.
O negócio do Montepio pode acabar num inquérito - parlamentar ou judicial -, garantiu ontem Marques Mendes, no espaço de comentário semanal na SIC. Pelo menos por "gestão danosa", metendo uma instituição social no negócio de risco da banca.
Falando nisso...
"A solução para o BES vai custar uns 10 mil milhões"atira Vítor Bentonuma entrevista ao Negócios, onde faz uma avaliação positiva da actuação do actual Governo neste sector. O mesmo jornal faz também um ponto de situação sobre a dívida do Fundo de Resolução: 4,8 mil milhões.

Os contadores da luz vão ser alvo de uma inspecçãoO principal alvo do regulador volta a ser a EDP.
O IMI vai baixar em 52 concelhos - o que faz com que metade do país já esteja com a taxa mais baixa, diz o DN. E o IMI familiar também já bateu novo recorde.
A propósito de IMI, o Correio da Manhã deixa no ar uma suspeita sobre um perdão de IMI ao filho do presidente do Benfica, "dias depois de Mário Centeno ter pedido bilhetes para ver o Benfica". Um mail mostra o contentamento do filho.  
O que está a subir (e não devia) é o desemprego jovem. Apesar da recuperação económica, apesar da descida do desemprego, Portugal é o país onde este mais cresce - como explica a Raquel Martins na nossa manchete de hoje.
E também sobe o preço da gasolina. O aumento (incluindo do imposto) já vale 100 euros num ano, conta o JN.
Recorde também no número de pessoas interditadas pelos tribunais.Hoje são cinco vezes mais do que há 20 anos. Mas o Governo promete mudar o paradigma.

Leituras do P2 

Mário Soares e a caça à felicidade. Passou já um ano desde que o perdemos. E um ano depois a sua filha Isabel aceitou escrever para o PÚBLICO sobre ele. O texto chama-se "uma casa onde havia sempre alguém à mesa" - e só tem paralelo na emoção com que escreveu também João Soares, o seu irmão, sobre "a fotografia perdida de um sorriso" (perdida, mas que João está determinado a encontrar lá em casa).
Soares, sabemos, era um homem à caça da felicidade. O que não sabíamos, e o Nuno Ribeiro conta-nos neste último link, era que ele tinha passado os últimos anos da sua vida a fazer uma tertúlia semanal com quatro sacerdotes, onde procurava a paz. 
Já que falamos de fotografias, vale bem a pena ler as nossas conversas com os dois homens que mais fotografaram Mário Soares. Ler uma e outra e seguir com os olhos pelas fotos, vendo Soares livreo original de Marcelo, como diz Alfredo Cunha. Ontem, passou um ano. E as homenagens foram assim.

(Já que falámos em Marcelo)
“Reinventar Portugal” - Sobre um discurso quase messiânico (sem Messias). A palavra "reinvenção" foi uma das mais repetidas no discurso de ano novo do Presidente da República. Marcelo pediu "coragem" aos portugueses para "reinventar o futuro". Nós pedimos ao filósofol, ensaísta e professor José Gil que descodificasse este Presidente "realista-sonhador". O ensaio é este.
Os iranianos já não têm medo do ayatollah. A República Islâmica que Ali Khamenei ajudou a fundar, há 38 anos, já enfrentou muitas convulsões e sobreviveu. É provável que o mesmo aconteça com os protestos destes dias. Mas nem tudo ficará igual. Nem para o regime, nem para o seu Guia Supremo. Sofia Lorena, explicas?

A agenda do dia

Arranca a última semana da campanha do PSD, com Rui Rio a ser entrevistado no Jornal da Noite da SIC e Santana entre Penafiel e Gaia. Com o Governo em dia de recato dos gabinetes, só os livreiros vão ao Ministério da Educação - para ver se é desta que convencem o ministro a comprar manuais também aos pequenos comerciantes. De manhã fique atento: o INE vai mostrar a evolução do desemprego em Novembro
Lá por fora, arrancou a semana decisiva para formar Governo na Alemanhanegociações de que damos conta aqui. E Theresa May deve fazer mais uma remodelação do seu frágil GovernoMacron, esse, vai à China, medir o pulso.
Ia dizer-lhe que por agora é tudo, mas não me despeço sem lhe deixar esta sugestão da Isabel Lucas. Digo-lhe apenas que é sobre um livro que está a chegar às nossas bancas sobre "Os anos da inocência" - e que a Isabel fala dele assim: "Literatura ou amor romântico? Tudo".
Seja tudo, este dia. 
Eu regresso amanhã, nós ficamos por aqui.
Até amanhã!

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