Recebe uma pensão de 190 euros e está numa casa sem condições em Viseu.
Sem apoio da família, com 190€/mês da Segurança Social e sem uma perna, Mário Rodrigues, de 50 anos, tem uma vida de miséria, em Várzea da Serra, Tarouca, no norte do distrito de Viseu.
"Passo por muitas dificuldades. Vivo numa casa onde chove como na rua e entra frio. Precisava que me ajudassem a arranjar a casa", diz ao CM Mário Rodrigues, no interior do sítio onde vive. O homem, que durante 30 anos trabalhou em Lisboa mas que a crise fez voltar à terra Natal, sofreu um rude golpe em maio último quando sofreu um acidente de trabalho ao manobrar uma motocultivadora. Ficou sem a perna direita. De lá para cá tudo se alterou.
"Agora não consigo trabalhar, ganhar o meu dinheirinho. A minha família abandonou-me e vivo com 190 euros que a Segurança Social me dá. Cerca de 80 euros são para a medicação", afirma o homem que apenas se consegue movimentar de canadianas. Este inverno "está a ser muito duro". "Passo muito frio em casa", lamenta o ex-operário de construção civil, que além das refeições que recebe do lar da terra, apenas encontra apoio em alguns amigos. "Este homem precisa de ser ajudado. Ninguém merece viver nestas condições. Nós fazemos aquilo que é possível mas não chega", refere Amadeu Alves, que explora um café na localidade.
Técnicos da Câmara de Tarouca já visitaram a casa de Mário mas disseram-lhe que só podem fazer alguma coisa quando a habitação estiver no seu nome. Agora ainda é dele e dos irmãos.
Fonte: CM
Comentário: esta situação é uma vergonha com a dimensão deste mísero País. Quando toca a descontar para a Segurança Social e para as Finanças, o trabalhador nem a cor do dinheiro vê, se não o fizer, come por tabela.
O Povo adora futebol, telenovelas, palmadinhas nas costas, promessas em tempo de eleições, ainda assim numa situação destas não desperta para a realidade de um apoio social miserável.
Não é à sociedade que cabe a responsabilidade de encontrar uma solução para este cidadão, mas, sim a quem esfola os cidadãos com uma pesada carga de impostos para todos os fins e mais alguns, menos para aquilo que devia ser.
O Mário não tem padrinhos nem madrinhas nos ministérios? Pois, esse é um problema delicado de todo o cidadão sem recursos. Se tivesse quiçá a situação nem vinha a público.
Em pleno século das luzes, da ciência social avançada, à distância de um clik, o que é preciso para encontrar uma solução?
J. Carlos
Director do Litoral Centro
Nenhum comentário:
Postar um comentário