Adenda: só para recordar o que foi escrito no ano transacto. Não temos duas caras nem somos hipócritas.
Neste
mísero País tudo pode acontecer sem que os autores sejam chamados a
responder pelos seus actos. O sentimento de pura impunidade tem vindo
a tomar proporções preocupantes em alguns organismos públicos,
assiste-se a um vale tudo para atingir determinados fins, sem olhar a
meios, nem que para isso seja necessário recorrer a decisões
anti-cívicas, a artimanhas administrativas no interior dos gabinetes
senão mesmo destruir o trabalho dos outros, que levou anos a erguer.
O
Centro de Sangue e Transplantação de Coimbra é um exemplo
pragmático em tais investidas, ao ponto de ter os seus favoritos em
Aveiro, ou melhor, as suas caras lindas.
Os
apadrinhamentos dos famigerados jet
set |djéte
séte| o
snobismo, vulgo “jobs
for the boys”
na área da dádiva de sangue está a causar náusea social. Este
fermento inquinado preocupa muitos dirigentes associativos. Dividir
para reinar, até quando?
Quem
pretende fazer dos dadores estúpidos? Das
duas uma: ou os dadores são mesmo ignorantes, ou alguém está
empenhado em cobrir o sol com uma peneira.
A
guerra psicológica que está a ser promovida neste campo, tem
objectivos definidos:
destruir o trabalho que a ADASCA tem vindo a desenvolver vai a
caminho de 11 anos.
Como
é possível realizar mais sessões de colheitas de sangue em
determinado local na cidade de Aveiro, num horário após laboral,
quando
isso já sendo feito à uns anos a esta parte no Mercado Municipal de
Santiago em Aveiro? O que está por detrás na aprovação da parte
do CST de Coimbra em avançar com estas sessões? Na verdade, e por
sugestão de um conjunto de dadores de sangue, a ADASCA entendeu que
deviam ser feitas colheitas de sangue às quartas-feiras num horário
pós laboral, aquele centro concordou, com resultados à vista.
Milhares
de folhetos, dezenas de cartazes têm sido e
são
distribuídos vs
afixados
todos os meses, páginas inteiras de publicidade no Correio do Vouga,
até à pouco tempo também no jornal Terras de Vagos, com o
objectivo de aumentar a adesão à
dádiva de sangue, o que equivale a um investimento financeiro
considerável. Tudo isso não é tido em conta? Quem quer mais?
Alguém propósitos dúbios? Calma.
No
pretérito dia 16 do corrente (ano transacto), realizou-se a 7ª. Convenção
Nacional de Dadores de Sangue e Medula Óssea na localidade da Maia,
os sujeitos que se dizem preocupados com os dadores, ou querem
aumentar a dádiva optaram por não comparecer. Porquê?
Ganhem
vergonha, não façam dos dadores estúpidos ou para ficarem bonitos
na fotografia.
Mais
um alerta aos dadores, nunca
é
demais: Abram os olhos, e procurem saber quem está do vosso lado. Se
gostam ser usados para fins pouco claros, a conversa é outra,
continuem, coloquem-se a jeito. No
Posto da ADASCA isso não é permitido.
A
informação que se impõe é a seguinte: os funcionários que formam
as equipas para a recolha de sangue, pertencem ao CST de Coimbra, é
a esses que devem pedir contas quando as coisas não correm bem.
Se
são mais antigos isso nada diz, o que importa saber é o que fizeram
de concreto pelos dadores? Zero. Comer o fruto
da árvore cuidada por outros é igual a falta de vergonha.
J. Carlos
Director
(Texto original)
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