David Dinis, Director
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Bom dia!
Vamos às últimas notícias?
A América abandonou o Conselho de Direitos Humanos da ONU. A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, que já tinha acusado o conselho de ter um "viés crónico anti-Israel", afirmou agora que o organismo é "hipócrita".
O Canadá legalizou o uso recreativo da cannabis. Com uma votação expressiva no Senado (52-29), o Canadá tornou-se o segundo país do mundo, depois do Uruguai, a admitir a sua plantação, distribuição e venda, recorda a BBC.
O Melhor Restaurante do Mundo está em Barcelona. A lista dos 50 melhores, atribuída pela revista Fine Dining Lovers, deu outra vez o primeiro lugar à Osteria Francescana, recuperando a distinção conquistada em 2016. No ano passado o prémio foi para Nova Iorque.
No mundial de futebol, a Rússia deu um passo rumo aos oitavosvencendo o Egipto por 3-1 (e já com um avançado a igualar Ronaldo com três golos). Na preparação para o jogo contra Marrocos, Fernando Santos pôs a fasquia alta (sem se perceber): “Para ganhar basta jogar ao melhor nível, como fizemos no Europeu”. A pergunta que nos fazemos é esta: desta vez teremos mais do que Ronaldo? E o aviso é este: o nosso adversário fundiu o talento com organização.
Os títulos do dia
Portugal é dos países da UE que mais recusam asilo, conta o JN.
A falta de consenso político na TAP agravou as responsabilidades do Estado, diz o Tribunal de Contas.
A contagem de tempo de serviço dos professores avança a três ritmos: é integral na Madeira, parcial nos Açores - e parou no continente.
Os serviços mínimos estão entregues a um colégio arbitral, mas já existem dúvidas sobre a sua viabilidade. Avaliações em risco? A culpa é do ministério, diz a Fenprof.
Rui Rio e a bancada do PSD estão em dissonância sobre estratégia de oposição, conta a Sofia Rodrigues.
Enquanto o MP investiga as casas que Pinho vendeu a fundo do BES em 2009, noticia o Expresso.
Hoje é dia dos refugiados
1. A Casa Branca de Trump tenta defender o indefensável. Crianças a chorar desesperadamente e a gritar pelos pais. A certa altura, um agente do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras diz, em espanhol, que há ali “uma orquestra” e que só falta mesmo o “maestro”. Este é o cenário que se pode ouvir numa gravação, captada na semana passada num centro de detenção no Texas. Este áudio serviu apenas para aumentar a pressão sobre a Administração Trump devido à política de “tolerância zero” relativamente à imigração, em que filhos menores são separados dos pais que tentam entrar ilegalmente nos EUA. Sem que nada mude no Governo, os próprios senadores republicanos iniciaram movimentações para resolver a questão. O Manuel Louro explica o inexplicável, aqui.
2. Sete refugiados olham-se nos olhos: e agora? Não é algo de que ele goste de se gabar, mas a realidade não tem parado de dar razão a Brett Bailey — só na última semana, por exemplo, a realidade deu-lhe 629 razões, uma por cada migrante resgatado pelo navio Aquarius que a Itália se recusou a receber. "Definitivamente, as tensões na Europa estão a ficar descontroladas. E há mais tempestades a caminho”, diz o polémico encenador e artista visual sul-africano ao PÚBLICO. Sanctuary materializa o labirinto burocrático e moral em que a UE se transformou. A peça está até dia 24 em Lisboa, a partir de dia 2 no Porto. A Inês Nadais avisa: não há cadeiras confortáveis, só arame farpado.
3. Merkel e Macron deram meio passo para um acordo. Sobre o euro e também sobre refugiados, o eixo franco-alemão tentaram ontem definir uma nova fronteira para a Europa, alisando caminho para uma cimeira europeia que se prevê muito difícil. A Maria João Guimarães anotou a diferença de tom entre os dois líderes - e destapa o véu sobre as decisões. Chegará?
Hoje na agenda
Por cá, estaremos de olhos postos na selecção, que defronta Marrocos às 13h00. Antes disso vamos ouvir o ministro da Saúde no Parlamento. E logo depois vamos seguir o debate quinzenal. Pelo meio, Rui Rio reúne-se com a PGR. E Marcelo (no Kremlin) com Vladimir Putin.
Lá por fora, assinalando-se o Dia Mundial dos Refugiados, é publicado relatório da OCDE sobre o Panorama da Migração Internacional.
Despeço-me com uma palavra sobre a Lucília Santos, uma fundadora do Público que ontem nos deixou - e deixou a redacção em lágrimas: diz quem melhor a conheceu que era afectiva, humana e profissional, que tinha a arte de intervir, escutar, confortar. Eu, que foi recebido com imenso carinho por ela, só posso passar a palavra ao Nuno Pacheco, à Bárbara Reis, ao José Manuel Fernandes, ao Augusto M. Seabra e à Maria João Avillez.
Sei também que ela ficaria feliz por saber que ontem os Prémios Gazeta foram atribuídos a três jornalistas do PÚBLICO: à Joana Gorjão Henriques, ao Adriano Miranda e à Margarida David Cardoso. São a melhor prova do que a Lucília aqui semeou na redacção: humanidade e excelência.
Um dia bom!
Até amanhã!
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