terça-feira, 21 de agosto de 2018

360º - Crise na CP: porque é que não há obras nem novos comboios? Análise ao vídeo de Centeno em 4 pontos. O discurso de Madonna nos prémios MTV

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
O vídeo em que Mário Centeno felicita a Grécia por ter saído do programa de assistência só tem 1 minuto e 10 segundos, mas continua a passar hoje, como se estivesse em loop. Foi criticado por todos os partidos portugueses — até pelo ex-porta-voz do PS, João Galamba. Eis uma pequen lista das palavras usadas:
  • "Embuste"
  • “Insultuoso”
  • “Lamentável"
  • “Ridículo”
Até Varoufakis achou que o mundo ansiava pela sua opinião e veio atirar-se ao que diz parecer a "máquina de propaganda da Coreia do Norte".

Mas, afinal, o que diz Centeno nesse curto mas interminável vídeo? O que está certo e o que faltou dizer? O Nuno Vinha e o Edgar Caetano fazem uma análise em quatro pontos.

Seja como for, há uma coisa que parece irrebatível: a Grécia terminou o resgate, mas não parece. O país teve de aprovar cortes nas pensões e mais impostos para 2019, será submetido a revisões trimestrais e tem que aplicar medidas até 2022, como explica aqui o Nuno André Martins.


Mais informação importante

Se este Verão tiver andado de comboio, sabe do que estamos a falar: há milhões anunciados no papel, mas a CP está numa crise profunda. Porque demoram tanto as obras a chegar e porque não foram ainda comprados mais comboios? A Ana Suspiro explica os detalhes.

Hoje, o CDS vai apanhar comboios pelo país todo para denunciar a situação da empresa. Assunção Cristas (que parte das Caldas da Rainha) e Nuno Melo (que parte de Viana do Castelo) encontram-se na estação de Coimbra B para falar aos jornalistas.

O PSD tem uma outra estratégia: em vez de falar aos jornalistas, fala sobre os jornalistas. E, claro, com aquela subtileza crítica de quem não tolera notícias desagradáveis. O partido usou a sua conta no Twitter para atacar de forma personalizada uma jornalista do Público que escreveu um artigo incómodo. Quem quer que esteja com a responsabilidade pela conta oficial do PSD escreveu que o partido está "ansioso pelo próximo trabalhinho" (eu avisei que havia aqui uma grande subtileza).

Fora do PSD, temos a Aliança. Pedro Santana Lopes apresentou ontem a declaração de princípios do novo partido. O Rui Pedro Antunes foi comparar estas ideias com as que o político apresentou há sete meses, quando concorreu à liderança do PSD. É uma espécie de Santana vs Santana. E até há frases exactamente iguais.

O governo deixou de divulgar publicamente a lista das pessoas que recebem subvenções vitalícias. Razão invocada? A nova legislação sobre a proteção de dados. A polémica está no Negócios.

O governo só vai fazer a reversão da fusão das freguesias em Setembro (Eduardo Cabrita tinha prometido uma proposta de lei até junho). O ministro diz ao JN que não haverá uma "reversão direta".

A Farfetch, o "unicórnio" fundado pelo português José Neves, está prestes a entrar na Bolsa. A empresa deverá dispersar apenas uma percentagem do capital, mas o preço a que se vai tentar vender as ações deverá pressupor uma avaliação a rondar os cinco mil milhões de dólares.

O Papa Francisco escreveu uma carta inédita sobre os abusos sexuais na Igreja. Motivado pela recentemente conhecida investigação na Pensilvânia, que revelou abusos sexuais de 300 padres a mais de mil vítimas ao longo de 70 anos, Francisco disse: "Abandonámos os pequenos".

Bruno de Carvalho terá pedido aos bancos para bloquearem as contas do Sporting, apresentando-se como seu presidente legítimo (num comunicado divulgado hoje, Bruno de Carvalho nega). Em resposta, a Comissão de Gestão fez queixa ao Ministério Público por fraude e usurpação de poderes.

Foi há dez anos que Nelson Évora ganhou o ouro em Pequim. Há dias, o atleta sagrou-se campeão europeu de triplo salto ao ar livre, mas já só pensa na próxima: os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Veja como foram estes anos.


Os nossos Especiais
 
Nuno Melo, cabeça de lista do CDS às Europeias, foi o mais recente convidado das Summer Sessions do Observador. Entrevistado no nosso terraço, não poupou a extrema-esquerda: “Quem vota com Marine Le Pen é o Bloco e o PCP”.

Cigarros, vinho, carisma e glória. Tudo isto e ainda futebol. Na época de 1981/82, o Sporting de João Rocha e Malcolm Allison foi campeão. A história é contada no livro "Big Mal & Companhia", de Gonçalo Pereira Rosa. Um dos capítulos é pré-publicado aqui.
 

A nossa Opinião

Rui Ramos escreve "Quem convidou Marine Le Pen?":"Ao tentarem criar um tabu sobre as migrações, as elites europeias criaram Marine Le Pen, Gert Wilders e os outros. Talvez a voz deles não chegue ao céu, mas já quase chegou ao Web Summit".

Paulo de Almeida Sande escreve "A estética ética da propaganda norte-coreana": "De Varoufakis às redes sociais, dos comentadores de esquerda, direita e extremas, todos parecem conhecer a solução mágica e quase todos culpam a União, como se não tivesse sido ela a salvar a Grécia".

Fernando Leal da Costa escreve "A Lista Negra": "Já chega de Livros Brancos, cheios de propostas e sempre remetendo para futuras comissões. Precisamos de um Livro Negro da Saúde, que elenque o que está mal, como, onde, quando e porquê".


Notícias surpreendentes

As mulheres foram as grandes vencedoras dos MTV Video Music Awards, entregues esta madrugada. E Drake foi o grande derrotado. Veja aqui tudo o que se passou.

Além dos prémios, ficou o discurso de Madonna, em homenagem a Aretha Franklin. Recordou como começou a cantar com 35 dólares no bolso e Aretha no coração, com fome e com crack.

Os Backstreet Boys também estiveram nos VMA. Quer dizer, mais ou menos. A MTV só lhes deu um palco secundário — e cantaram enquanto os convidados chegavam. Foi um dos momentos constrangedores da noite.

Obviamente, enquanto a boysband dos anos 90 tocava toda a gente estava a olhar para a passadeira vermelha, onde estavam Cardi B, Jennifer Lopez, Blake Lively, Kylie Jenner e Nicki Minaj. Temos uma fotogaleria com todas as imagens.

Afinal, o casal de ciclistas mortos pelo Estado Islâmico não viajava para “provar” a bondade humana. Lauren Geoghegan e Jay Austin foram assassinados quando davam a volta ao mundo em bicicleta e, depois da sua morte, várias notícias apresentaram versões caricaturais do que se passou. Eis os factos

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Até já!
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