A primeira prioridade do Plano Económico e Social de Filipe Nyusi para 2019 é fazer propaganda das “realizações” positivas da sua governação usando a rádio e televisão públicas sob coordenação do Gabinete de Informação.
Depois haver injectado mais de 1 bilião de meticais durante o ano transacto nas deficitárias rádio e televisão públicas o Governo de Filipe Nyusi pretende alocar outros biliões para estes dois órgãos de comunicação social que são responsáveis pela sua propaganda eleitoralista.
O @Verdade descobriu que a primeira prioridade do Plano Económico e Social para 2019 é “Efectuar a cobertura informativa das principais realizações nas áreas social, política, económica, cultural, desportiva”.
Esta prioridade está inserida no “Objectivo Estratégico (i): Defender e Consolidar a Unidade Nacional e a Cultura de Paz, Democracia e Estabilidade Politica, Económica, Social e Cultural” e estabelece a produção de 31.244 programas radiofónicos para veiculação na Rádio Moçambique, sob a coordenação do Gabinete de Informação, e outros tantos televisivos a serem transmitidos ao longo do próximo ano na Televisão de Moçambique.
O @Verdade não conseguiu apurar como será financiada toda essa operação eleitoralista, afinal Filipe Nyusi pretende governar mais 5 anos, no entanto o mapa “Demonstrativo por Prioridades e Pilares do Plano Quinquenal do Governo” indica que para a “Prioridade I - Consolidar a Unidade Nacional, Paz e Soberania” o Executivo pretende gastar 28.322.700.660 meticais, 8,3 por cento da Despesa total do próximo ano.
Além disso o @Verdade descobriu, na proposta de Orçamento do Estado entregue ao Parlamento, que em 2019 a Rádio Moçambique vai receber de subsídio 654.241.290 meticais. Por seu turno a Televisão de Moçambique tem uma dotação de 451.706.290 meticais.
Subsídio à RM e TVM davam para poupar Mais Valias
É mais de 1,1 bilião de meticais só em subsídios à tesouraria de apenas duas empresas que em vez de prestarem o serviço público para o qual são vocacionadas fazem propaganda apenas das “realizações” do Governo e ainda amplificam as actividades do partido Frelimo que em 2019 pretende continuar a perpetuar-se no poder em Moçambique.
Este montante quase iguala a dotação para o funcionamento da maior unidade sanitária do país, o Hospital Central de Maputo, que vai receber somente 1,6 bilião de meticais.
Só o subsídio que foi alocado à rádio e televisão públicas daria para cobrir, com resto substancial, todo apoio para os programas de combate ao HIV/Sida, Tuberculose e ainda da Malária.
Aliás os subsídios para a RM e TVM superam o bilião que vai ser gasto na manutenção de todas estradas distritais ou seria suficiente para cobrir os custos da reabilitação da Estrada Nacional no 1 nos troços Inchope - Caia, Chimuara - Nicoadala, rio Lúrio - Metoro e ponte do rio Lúrio e ainda Pambarra - rio Save - Muari sem gastar as Mais Valias como o Governo pretende.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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