Enquanto dormia...
Theresa May e a União Europeia chegaram a um "acordo técnico" sobre o Brexit. Alguns membros do governo foram chamados ontem pela primeira-ministra para discutirem o documento, que vai hoje a conselho de ministros. Os críticos não perdoam May: Boris Johnson, por exemplo, diz que o acordo é “totalmente inaceitável”.
Agora, vem aí uma corrida de obstáculos para May: tem de convencer os seus ministros, os aliados unionistas, os correlegionários conservadores e os adversários trabalhistas. A Cátia Bruno explica o que se segue.
Há vários ministros que já estão a pensar demitir-se por causa do acordo, segundo o Daily Telegraph, que até apresenta a lista dos potenciais dissidentes. Numa análise, o jornal escreve que, "por mais que May doure a pílula, vai ser difícil o governo engoli-la". Mais optimista, o Politico escreve na sua newsletter que não deve haver saídas para já.
O Guardian junta as capas dos jornais sobre o assunto: O Financial Times fala em "momento da verdade" e o Daily Mail, mais tremendista, em "Dia do Julgamento Final"
Mais informação importante
Toda a gente fala sobre touros: a ministra Graça Fonseca, Manuel Alegre e até António Costa. Afinal, com IVA ou sem IVA, quanto vale a indústria das touradas em Portugal? Há toureiros a receber 50 mil euros por espetáculo. A receita anual das bilheteiras é de pelo menos 5 milhões. O Bruno Horta fez as contas para perceber se a tauromaquia está em decadência ou é um bom negócio.
É mais uma pequena novela a envolver Rui Rio. Ontem, o líder do PSD enviou um comunicado às redações a desmentir uma notícia da Lusa segundo a qual teria dito que mantinha José Silvano no cargo por não "deixar cair os amigos". Rio diz que se trata de uma "mentira perversa" divulgada "maldosamente".
No Orçamento, há mais de 1.000 milhões de euros que só podem ser gastos com autorização de Mário Centeno. E a isso ainda se somam as cativações, segundo a análise do Conselho das Finanças Públicas. O Conselho encontra vários riscos ao cumprimento das metas.
O Observador sabe porque é que Bruno de Carvalho e Mustafá foram detidos a um domingo: isso aconteceu por causa das suspeitas de tráfico de droga da Juve Leo.Mustafá é o visado, e não o ex-presidente do Sporting, mas as detenções tinham que acontecer ao mesmo tempo.
E há mais episódios do caso Bruno de Carvalho:
- Os interrogatórios do ex-presidente do Sporting e do líder da Juve Leo foram adiados para hoje, depois de ontem terem sido interrompidos por causa da greve dos funcionários judiciais;
- Vítor Ferreira, ex-vice-presidente do Sporting, disse que, durante uma reunião, Bruno de Carvalho sugeriu financiar a Juve Leo com 15 mil euros mensais, para os gastos da claque;
- Bruno de Carvalho pode ser suspenso de sócio daqui a um mês, mas um eventual processo de expulsão não está, para já, previsto.
O Infarmed aconselha cuidados no uso de medicamentos para as dores contendo metamizol, como o Nolotil. Motivo: podem ter efeitos secundários graves.
O Governo italiano não vai alterar o seu orçamento, apesar das exigências da União Europeia. Mantém, assim, a previsão de um défice de 2,4% do PIB e arrisca sanções.
A CNN vai processar Donald Trump depois de o Presidente ter retirado o acesso de um dos seus jornalistas à Casa Branca. O canal de televisão invoca o direito à liberdade de imprensa.
Um novo balanço dos incêndios na Califórnia sobe para 50 o número de mortos. Ontem foram descobertos mais seis corpos.
Os nossos Especiais
“As próximas guerras do mundo vão ser ciberguerras. Precisamos de nos proteger.” O alerta é dado pelo ministro da Tecnologia de Israel, em entrevista à Ana Pimentel.
"Os Maias", de Eça de Queiroz, nasceu de um outro caso de incesto, relatado em "A Tragédia da Rua das Flores", agora reeditado. A história envolve uma mãe promíscua e um filho com ambições a poeta, lembra a Rita Cipriano.
A nossa Opinião
Maria João Avillez escreve "Chafes (Helena) Giacometti. E a Gulbenkian em Paris": "Estão na Gulbenkian em Paris mas apesar dos seus nomes lado a lado, é um, Chafes, o vivo, que dá a ver o outro, Giacometti, o morto. O risco era imenso. Tão grande como o talento silencioso de Chafes".
Luís Aguiar-Conraria escreve "O país ancorado a 36%":"A região que se esperaria que fosse o motor do país, a Área Metropolitana de Lisboa, serviu como uma âncora, puxando o país para baixo. E pesando de 36% no PIB nacional, é uma âncora demasiado pesada".
Maria João Marques escreve "Costa não gosta depois de gostar": "Contestação social não há, e mediática também não, mas ainda assim Costa não tem maioria absoluta. Porquê? Porque os eleitores podem vê-lo como um político eficaz e habilidoso, mas não confiam nele".
Manuel Villaverde Cabral escreve "Reformas e pensões: um chorrilho de mentiras": "A acumulação de pensões a que não correspondem quaisquer contribuições prévias só multiplica as desigualdades sociais mas não se ouve nenhum governante preocupar-se com isso: têm medo de perder votos".
Notícias surpreendentes
Desde o casamento real, Harry e Meghan já perderam três assistentes. A culpa é do temperamento da duquesa? A intriga fervilha no palácio.
Nas imagens não se nota essa intriga: a família real britânica tem novas fotos oficiais para celebrar os 70 anos do príncipe Carlos. Uma é mais descontraída e a outra mais formal, como pode ver aqui.
A próxima temporada de "Guerra dos Tronos" está oficialmente prevista para estrear em abril de 2019. Veja o vídeo do anúncio aqui.
Rosalía, a musa espanhola do flamenco 2.0, é uma jovem de 25 anos que está a tomar o mundo de assalto."El Mal Querer", o seu novo álbum, é só mais uma prova do seu imenso talento, escreve o Diogo Lopes, que lhe dá 4 estrelas.
Uma palavra-passe pode ter salvado uma criança de um rapto iminente. Um homem tentou convencer a miúda de 10 anos a entrar no carro onde seguia, no Arizona, mas acabou por desistir quando ela exigiu uma senha que só os pais sabiam.
Já sabe que foi lançado o Observador Premium, o novo programa de assinaturas do Observador. Pode saber aqui tudo sobre a forma de funcionamento das subscrições.
E há outra novidade: a nova revista de Lifestyle do Observadorjá está nas bancas.
Até já!
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Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
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