Os centros de saúde fizeram no ano passado mais cerca de 370 mil consultas nos cuidados primários do que em 2017, representando uma subida de 1,2%, segundo dados oficiais.
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Números da Administração Central do Sistema de Saúde fornecidos à agência Lusa mostram que foram feitas em 2018 mais de 31 milhões de consultas médicas nos centros de saúde e unidades de saúde familiares.
Os números, ainda provisórios, do Ministério da Saúde apontam também para mais consultas realizadas nos hospitais públicos e para uma ligeira redução do número de cirurgias em 2018, ano em que decorreu a primeira greve dos enfermeiros em blocos operatórios.
No que respeita aos cuidados primários, o número de consultas médicas ultrapassou os 31 milhões pela primeira vez desde 2013.
Nos seis anos analisados, 2018 foi o ano com maior número de consultas nos centros de saúde e 2014 foi o ano com número mais reduzido.
Aumentaram também no ano passado as consultas de enfermagem, atingindo um total superior a 19 milhões, um acréscimo de 1,5% em relação a 2017.
Um ligeiro crescimento do número de consultas no SNS foi registado também nos hospitais, com uma variação de 0,8% entre 2017 e 2018, ano em que se fizeram mais de 12,1 milhões de consultas hospitalares.
A variação nas primeiras consultas foi de apenas 0,5%, sendo de 0,9% nas consultas subsequentes, quando comparados valores entre 2017 e 2018.
No caso das cirurgias, os hospitais do SNS registaram no ano passado uma redução de 0,5%, como a própria ministra da Saúde já tinha anunciado na semana passada no parlamento.
Assim, em 2018 os hospitais do SNS realizaram 670.455 cirurgias, quase menos quatro mil do que no ano anterior.
Na semana passada, a ministra Marta Temido tinha destacado na comissão parlamentar de Saúde que as cirurgias tiveram “apenas uma contração de 0,5%”, isto num ano “particularmente difícil”.
A ministra não aludiu diretamente à greve dos enfermeiros em blocos operatórios, mas no final de 2018, entre 22 de novembro e final de dezembro, os enfermeiros estiveram em greve às cirurgias programadas em cinco hospitais público.
Segundo os dados do próprio Ministério da Saúde, a primeira greve cirúrgica levou ao cancelamento ou adiamento de mais de 7.500 cirurgias naqueles cinco hospitais.
Na análise aos dados assistenciais dos hospitais referentes a 2018, volta a haver um incremento da percentagem de cirurgias realizadas em ambulatório, que já ultrapassam os 65%, tendo registado um aumento de dois pontos percentuais face ao ano anterior.
A percentagem de cirurgias feitas sem necessidade de internamento tem vindo sempre a aumentar desde 2013, passando de 55,9% do total de cirurgias nesse ano para 65,5% em 2018.
Lusa
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