Vinte restaurantes, participam, entre esta sexta-feira e 3 de março, no VIII Festival Gastronómico da Chanfana da Lousã, uma iniciativa em que o município aposta para atrair visitantes ao concelho.
O festival integra a estratégia de promoção turística e económica deste município do distrito de Coimbra.
O festival “é um dos eventos âncora do calendário de animação do concelho” e, entre outros objetivos, visa “a promoção desta fantástica iguaria que é a chanfana, contribuindo também para a preservação de toda a cultura gastronómica”, disse o presidente da Câmara, Luís Antunes, na apresentação da iniciativa que decorreu no Restaurante Villa Lausana.
“Ao associarmos a este festival os produtos endógenos, como o mel com denominação de origem protegida (DOP) Serra da Lousã, [consegue-se] um produto de excelência que todos os anos atrai milhares de comensais à Lousã, concorrendo assim, também, para a promoção do concelho e da região”, adiantou Luís Antunes durante o encontro com parceiros e comunicação social.
A este objetivo, “junta-se a dinamização económica, em rede e circular, de toda uma cadeia associada à restauração, que vai desde a produção até à degustação final”.
“Este ano, na primeira edição depois de a Mesa Terras da Chanfana ter conquistado a distinção das 7 Maravilhas, este festival marca também a colaboração saudável entre quatro municípios na construção de uma oferta diferenciadora”, salientou o autarca.
A marca “Terras da Chanfana” envolve os concelhos da Lousã, Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo e Penela.
“Com estes festivais, além de promovermos a gastronomia, promovemos alguns produtos identitários do concelho, como o mel DOP Serra da Lousã, a nossa doçaria e bolaria tradicional, o vinho Quinta de Foz de Arouce e também o Licor Beirão”, refere uma nota da autarquia.
Além do Festival da Chanfana e à semelhança de anos anteriores, a autarquia, com a colaboração de diferentes entidades e empresas, vai organizar em 2019 mais dois eventos gastronómicos – em torno do cabrito (24 de abril a 01 de maio) e dos “sabores do outono” (18 a 27 de outubro).
Tradicionalmente, a chanfana é um prato à base de carne de cabra, assada com vinho tinto, alho, louro e outros condimentos em caçoilas de barro preto, no forno de cozer a broa de milho.
O psiquiatra e etnólogo Louzã Henriques, que esteve na fundação do Museu Etnográfico municipal com o seu nome, explica habitualmente que a chanfana era uma comida das ocasiões festivas dos povos da serra da Lousã, que só matavam a cabra – “mealheiro do serrano” – quando o animal já velho não podia dar mais leite, nem parir mais cabritos.
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