sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Portugal antecipa-se à União Europeia e proíbe palhinhas e cotonetes já em 2020

O Governo português quer antecipar para 2020 uma diretiva europeia que impõe o fim da comercialização de alguns plásticos de utilização única como cotonetes e palhinhas.
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SAPO 24
A notícia foi avançada esta sexta-feira, 22 de fevereiro, pelo Jornal Público. Segundo o diário, o Executivo quer antecipar em pelo menos meio ano a diretiva europeia sobre plásticos descartáveis, garantindo desta forma que alguns plásticos de utilização única desaparecem das prateleiras dos supermercados e dos restaurantes portugueses até ao segundo semestre de 2020.
Em causa estão produtos como cotonetes, palhinhas, pratos e talheres de plástico. Ou seja, produtos que só podem ser usados uma vez e vão para o lixo.
Esta decisão tem lugar depois de, em outubro de 2018, o Governo ter aprovado uma resolução para reduzir o consumo de plástico e papel na administração pública. Assim, desde o dia 1 de Janeiro de 2019 que estão proibidos todos os concursos públicos de aquisição de descartáveis para a administração e empresas públicas.
Neste compromisso assumido pelo Executivo estão abrangidos também copos para café, água ou outras bebidas e garrafas (exceto das máquinas automáticas), devendo privilegiar-se garrafas reutilizáveis e pontos de enchimento de água da torneira. Os sacos de plástico também terão de ser substituídos por embalagens de papel, com exceção dos sacos para lixo indiferenciado.
diretiva da União Europeia que restringe o uso de plásticos descartáveis e que o governo procura antecipar é fruto de um acordo alcançado em Dezembro de 2018, em Bruxelas, e que visa reduzir a poluição marítima. Segundo um comunicado publicado à data, se nada for feito, em 2050 haverá mais plásticos do que peixes no mar.
Ao antecipar a diretiva, o governo pretende proibir a venda de sacos de plástico oxo-degradáveis, utilizados em alguns supermercados, a partir de 1 de Janeiro do próximo ano, escreve o Público.
Já os sacos de plástico mais resistentes, que custam cerca de 50 cêntimos, deverão ficar mais caros. Estão isentos desde aumento sacos constituídos por plástico reutilizado numa percentagem de 70% ou mais.
Está também prevista a antecipação da introdução do sistema de tara retornável para garrafas de plástico, tornando o sistema universal em Janeiro de 2021, um ano antes do previsto. Os detalhes do funcionamento deste sistema ainda não são conhecidos, mas está previsto para este ano o arranque de um projeto-piloto com 50 máquinas de depósito em espaços comerciais. Quando o cliente entrega uma garrafa de plástico, recebe um cupão de desconto para utilizar nas compras.
A produção de plásticos explodiu na última década e atualmente ronda as 348 milhões de toneladas por ano. Cerca de 2% a 5% acabam largados nos oceanos.
Madremedia

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