“O
equilíbrio económico financeiro da Câmara Municipal de Cantanhede
é uma opção, sem a qual estaríamos a comprometer a
sustentabilidade da atividade camarária, e é uma opção que tem
ainda maior significado se considerarmos que
os excelentes resultados evidenciados no Relatório de Gestão de
2018 foram obtidos num período em que se avançou com um número
significativo de obras e intervenções”.
A afirmação é da presidente da autarquia, Helena Teodósio, a
respeito dos documentos
de prestação de contas aprovados na Assembleia Municipal, com 27
votos a favor, cinco contra e uma abstenção, no decurso do plenário
no passado dia 30 de abril.
A
líder do executivo camarário referia-se
a “um
assinalável incremento da atividade camarária que, não obstante o
esforço financeiro realizado, foi gerido de forma muito assertiva,
como aliás se pode concluir das contas do exercício de 2018,
onde se destaca “o
resultado líquido de 4.646.859
euros, mais cerca de 70% em relação ao de 2017, e o acréscimo dos
fundos próprios em
5,6
milhões de euros, para 92,1
milhões de euros”.
Por
outro lado, afirma Helena Teodósio, “a
opção em assegurar o equilíbrio
económico financeiro numa fase de forte investimento está bem
patente na
poupança corrente conseguida, no valor de 7.296.274 euros, que foi
canalizado para despesas de
capital (investimento), comprovando assim “a eficiência na gestão
das operações e do efetivo controlo orçamental da despesa”.
Outros
indicadores bastante enfatizados pela autarca foram “a muito
apreciável diminuição do
passivo 3.135.084
de euros e o aumento do ativo em 2.457.432 euros, para 119 milhões
de euros,
bem como “a
redução estrutural da dívida de médio e longo prazo em 2.963.375
euros, um decréscimo de 27,63% face ao exercício anterior, mas
também a de curto prazo, que baixou 350.847 euros, menos 8,43% que
no final de 2017”.
Neste
contexto, a margem do Município para novos endividamentos nos termos
das imposições legais situa-se agora nos 13,1 milhões de euros.
Dado
significativo a reter é também o facto de, em 31 de dezembro de
2018, a Câmara de Cantanhede ter efetuado o pagamento da totalidade
das faturas recebidas até essa data, circunstância que decorre do
“bom nível de
disponibilidade de tesouraria” traduzida
nos 20 dias de prazo médio de pagamento a fornecedores, menos quatro
do que em 2017.
Quanto
ao crescimento de 447.890
euros na despesa
corrente, este reflete
o impacto financeiro da regularização contratual dos trabalhadores
com vínculo precário, o aumento dos encargos relativos ao
descongelamento das carreiras e o acréscimo dos valores das
prestações sociais. O contraponto destas situações foi a
diminuição dos custos com a aquisição de bens e serviços, em
411.330 euros, e a redução dos custos com o serviço da dívida.
Na
análise das GOP – Grandes Opções do Plano, a rubrica com mais
expressão financeira no Relatório de Gestão de 2018 é a das
Funções Sociais, com uma despesa de 5,1 milhões de euros, na qual
se incluem os montantes relativos a investimentos com equipamentos
coletivos, os encargos com refeições e transportes escolares e a
transferência de verbas no âmbito da cultura e do desporto, entre
outros.
Segue-se
depois as Funções Económicas, com 4,1
milhões de euros despendidos agregando valores relativos ao
investimento na valorização da rede viária e qualificação das
infraestruturas da base económica do concelho, iluminação pública,
diversas obras de requalificação urbana e encargos decorrentes de
contratos programa celebrados com outras entidades.
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