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Os professores iniciam hoje no Porto uma série de cinco “Comícios da Indignação” que decorrem esta semana, em plena campanha para as eleições europeias, para manter viva a luta pela recuperação integral do tempo de serviço congelado.
“Nestes comícios os docentes manifestarão publicamente a sua indignação por, praticamente em final de mais uma legislatura, os principais problemas que afetam este grupo profissional continuarem por resolver, com destaque para a recuperação de todo o tempo de serviço cumprido nos períodos de congelamento (nove anos, quatro meses e dois dias) e a aposentação, condição necessária para o rejuvenescimento da profissão docente”, lê-se num comunicado da plataforma sindical de professores.
No primeiro comício os professores vão concentrar-se na praça D. João I, no Porto, pelas 17:30, uma hora que será comum a todos os outros, estando previstas três intervenções – da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Federação Nacional de Educação (FNE) e da Frente Sindical – convidando-se ainda os professores participantes a aproveitarem o momento para escrever “mensagens ao poder político”.
“Com estes comícios, pretende-se deixar claro que os docentes não desistiram da sua luta e irão mantê-la até ao último dia da atual legislatura, não se inibindo de intervir durante os períodos de campanha eleitoral, retomando-a logo que se inicie a próxima legislatura, apresentando as suas reivindicações junto do governo que sair das eleições de 06 de outubro”, lê-se no comunicado.
Os sindicatos pretendem ainda aproveitar a oportunidade para “desmontar mentiras que, nas últimas semanas, foram postas a circular por governantes e outros políticos, bem como por comentadores, para quem a mentira se tornou habitual quando pretendem impor a sua verdade”.
Aos docentes vai ser entregue “um ‘memorando’ com o conjunto de iniciativas jurídicas a que deverão aderir, contando, nesse sentido, com o apoio dos seus sindicatos”, e à população um “pequeno texto” a explicar as razões do protesto.
Ao comício do Porto seguem-se os comícios em: Faro, a 21 de maio, no Jardim Manuel Bívar, em Lisboa, a 22 de maio, no largo de Camões, em Évora, a 23 de maio, no largo de Sertório, junto à Câmara Municipal, e em Coimbra, a 24 de maio, na praça 8 de Maio.
“Logo após o comício de Coimbra, a Campanha pela Dignidade Profissional Docente será encerrada com uma “arruada” dos professores pela Baixa de Coimbra”, adianta ainda ocomunicado.
Os ‘Comícios da Indignação’ são umas das ações de visibilidade na luta dos professores decididas na reunião da plataforma sindical na passada quarta-feira, no final da qual os professores anunciaram que não fariam greve às avaliações do 3.º período, uma ação de luta que foi ponderada, mas para a qual decidiram não avançar, por entenderem que existe neste momento “uma manifesta falta de interlocutor para a negociação”, quer do lado do Governo, quer do lado da Assembleia da República.
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