A probabilidade de o furacão Lorenzo atingir os Açores é "superior a 80%", esperando-se rajadas até 150 quilómetros por hora e ondas superiores a 20 metros, segundo o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA).
O furação Lorenzo, de categoria 3 na escala de Saffir-Simpson, segundo o comunicado do IPMA, encontrava-se hoje, às 09:00 UTC (10:00 em Lisboa), a 2510 quilómetros a sudoeste dos Açores, deslocando-se para norte/noroeste a uma velocidade de 17 quilómetros por hora.
O IPMA prevê para o grupo ocidental do arquipélago (ilhas Flores e Corvo), de acordo com os últimos dados disponíveis, vento do quadrante sul com rajadas até 150 quilómetros por hora, chuva forte e ondas de sudoeste com "altura significativa entre 10 a 12 metros".
Nas ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Graciosa e Terceira (grupo central), o vento surgirá do quadrante sul com rajadas até 180 quilómetros por hora e chuva forte, com altura máxima de onda superior a 20 metros.
No grupo oriental, que compreende as ilhas de São Miguel e Santa Maria, estão previstas rajadas até 110 quilómetros por hora e ondas de altura significativa de sete a nove metros.
O IMPA adianta que, "devido à distância a que o furacão se encontra, existe ainda incerteza relativamente à trajetória exata e respetiva intensidade" com que poderá atingir os Açores.
A Proteção Civil dos Açores vai "reforçar os meios e colocar em alerta máximo" os corpos de bombeiros, as forças de segurança, os serviços das obras públicas e os serviços municipais.
Será também aumentado o número de operadores da PSP responsáveis pela linha 112 e o número de operadores de Proteção Civil e da linha de emergência médica.
O presidente da Proteção Civil dos Açores recomendou a adoção de medidas de autoproteção, como "guardar objetos soltos no jardim e à volta das residências, limpar os sistemas de drenagem, consolidar os telhados, as portas e as janelas, circular só em caso de extrema necessidade, reforçar as amarrações das embarcações, não praticar atividades relacionadas com o mar e praticadas ao ar livre e afastar-se das áreas baixas junto das orlas costeiras e das ribeiras".
Lusa
Foto: https://www.nhc.noaa.gov
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