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A coordenadora do BE defendeu hoje que "o Governo nada teria feito" sem bloquistas e comunistas porque "as decisões da maioria foram graças aos três", considerando este acordo "a melhor notícia que Portugal teve nos últimos 4 anos".
"Orgulhamo-nos do caminho feito e não discutimos quem é que teve a ideia de cada uma das medidas. O Governo nada teria feito sem o Bloco e sem o Partido Comunista Português", afirmou, Catarina Martins, num almoço na FIL, em Lisboa, a maior ação que o BE organiza durante esta campanha eleitoral para as legislativas.
Na perspetiva da líder do BE, "as decisões da maioria foram graças aos três" e os bloquistas gostaram "desta cooperação sempre que serviu para resolver os problemas” do país.
"Três semanas antes das eleições de 2015, disse a António Costa que faríamos uma maioria de governo se o PS aceitasse três condições: descongelar as pensões, não diminuir a contribuição das empresas para a Segurança Social e não facilitar os despedimentos", começou por lembrar.
O PS, segundo Catarina Martins, "na altura respondeu" com a continuação da "campanha a apelar à maioria absoluta, mas no dia das eleições, toda a gente ficou a saber que o Bloco de Esquerda mantinha o mesmo desafio que tinha feito, toda a gente sabia que era possível trabalhar para um acordo".
"E esse acordo foi a melhor notícia que Portugal teve nos últimos quatro anos e o Bloco orgulha-se do caminho que fez", enfatizou.
Defeitos este acordo, a líder do BE só aponta "ainda ter sido pouco, porque fez pouco pelos precários, pelos trabalhadores por turnos, para combater as desigualdades salariais", ou ainda "para recuperar cada um dos hospitais e centros de saúde".
"E a nossa responsabilidade é hoje, como há quatro anos e como em cada um dos dias, vencer barreiras", assumiu.
Sobre estes quatro anos e os compromissos assumidos, Catarina Martins garantiu ainda que o BE "cumpriu cada um dos acordos que fez” no país, recuperando uma ideia já defendida nas eleições europeias deste ano: "quem cumpre, merece crescer".
"Lutaremos por mais deputados e mais deputadas em todo o país", admitiu, considerando que ao longo desta legislatura os bloquistas foram "a garantia do povo".
Entre estes deputados que o BE quer fazer chegar à Assembleia da República está Beatriz Dias, "que será deputada africana e portuguesa, que tem feito a história no combate ao racismo, no combate pela igualdade", enalteceu a líder bloquista.
O discurso de Catarina Martins terminou com a citação de parte da letra da canção "Eu vi este povo lutar", de José Mário Branco, uma música que se ouviu na íntegra no final.
No almoço previsto para cerca de 1500 pessoas, mas com uma dezena de mesas vazias, estiveram as caras mais conhecidas da "família bloquista", como os três fundadores, Francisco Louçã, Fernando Rosas e Luís Fazenda, assim como deputados e cabeças de lista nestas eleições.
A líder do BE sentou-se com o mandatário nacional, Mário Tomé, o líder da bancada parlamentar, Pedro Filipe Soares, a candidata por Lisboa Beatriz Dias e nomes da geração mais jovem do BE, como Joana e Mariana Mortágua, Isabel Pires, José Soeiro e Fabian Figueiredo.
Lusa
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