As manifestações “à escala nacional” anunciadas em finais de Dezembro pelo partido Renamo, como forma de repúdio a sua derrota eleitoral a 15 de Outubro de 2019, continuam sem data para acontecer. A julgar pela mudança de atitude do seu líder, que parece ter assumido o cargo de segundo candidato mais votado nas Eleições Gerais, e da sua bancada parlamentar é muito provável que nunca cheguem a acontecer.
A 23 de Dezembro de 2019 o porta-voz da Comissão Política da perdiz, Alfredo Magumisse, disse em conferencia de imprensa que “A Renamo vai convocar manifestações à escala nacional, nos termos da Constituição da República e das leis vigentes em Moçambique, para repudiar as eleições e repor a verdade democrática”.
Desde então o seu líder fixou residência na Cidade de Maputo, num luxuoso hotel pago pelo Governo de Filipe Nyusi, os poucos membros eleitos para as Assembleias Provinciais e para o Parlamento tomaram posse e Ossufo Momade foi pessoalmente prestar condolências e participou das exéquias fúnebres de Marcelino dos Santos corroborando a tese que assumiu o cargo e as regalias do segundo candidato mais votado nas Eleições Gerais. Recorde-se que o fundador do partido Frelimo que recusou-se a apertar a mão de Afonso Dhlakama após Acordo de Paz.
Nesta quinta-feira (20), após Esperança Bias discursar na abertura da 1ª sessão extraordinária da IX Legislatura da Assembleia da República, todos os deputados do partido Renamo juntaram-se aos camaradas na saudação em pé enquanto a presidente do Parlamento dirigia-se para o seu lugar. No passado a bancada parlamentar da oposição não se levantava e tempos houve em que abandonou mesmo a plenária.
O @Verdade questionou a Alfredo Magumisse se já existe alguma data para as manifestações “à escala nacional” ocorrerem porém o deputado remeteu ao seu colega, porta-voz do partido, José Manteigas, que também não quis esclarecer.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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