quinta-feira, 12 de março de 2020

Comunicado de “Tradición y Acción” sobre o aborto

A seguir um importante comunicado de uma entidade colombiana que luta heroicamente em defesa da família tradicional. Sua atuação se transcorre no país vizinho, mas aqui transcrevemos sua tradução pois serve de exemplo a ser seguido por nós no Brasil.
La Sociedad Colombiana Tradición y Acción manifesta seu repúdio à decisão tomada pela Corte Constitucional no dia 2 de março, através da qual ela se inibe em relação ao aborto, mantendo sua prática na Colômbia.
Em face disso, sentimo-nos obrigados a fazer as seguintes considerações.
Embora inicialmente se esperasse que a sentença ampliasse o aborto a outras causas, tal não aconteceu. O mais importante, contudo, é o fato de a decisão ter permitido que sua prática continue sendo realizada impunemente na Colômbia.
A razão principal que levou a Corte a não ampliar o aborto foi certamente a significativa reação de muitos setores da opinião pública, que saíram às ruas para manifestar sua execração contra ele. E então a Corte, a fim de evitar mais polêmicas e polarização a respeito do tema, decidiu deixar as coisas como estavam.
No entanto, em nenhum caso essa decisão significa um triunfo da causa antiabortista. Para que isso aconteça e consigamos a abolição total do aborto na Colômbia, é preciso que todas as pessoas e entidades a favor da vida se articulem, a fim de que possamos exigir dos órgãos judiciais do País a implementação, em caráter de urgência, das seguintes medidas:
1 – Que se proíba totalmente o aborto.
Que o aborto seja considerado crime na Colômbia.
2 – Que seja concedida a personalidade jurídica a todo ser humano desde a concepção.
Isto assegura os direitos inalienáveis da criatura, tanto à vida quanto à atenção médica necessária durante a gravidez.
3 – Que sejam fechadas todas as clínicas de aborto na Colômbia.
Começando pelas de Profamilia e das demais EPS [SUS] do País, que não deveriam realizar abortos em nenhum caso.
4 – Que o Estado proteja a vida das criaturas que estão por nascer.
Ao invés de promover abortos, o Estado deveria promover uma política pública de proteção aos nascituros e às mães gestantes.
5 – Que se definam as atribuições da Corte Constitucional.
Que ela não possa continuar legislando a seu bel-prazer sobre o aborto ou outros assuntos, invadindo as funções do Congresso da República, ao qual incumbe fazer as leis.
6 – Que os bispos colombianos lutem contra o aborto.
Eles têm o mandato divino e a responsabilidade histórica de defender os valores católicos, os princípios morais e o direito à vida. Ninguém possui como os bispos os meios para convocar a opinião pública contra o aborto. Mas eles pouco ou nada fazem a respeito, salvo honrosas exceções.
Essas deveriam ser as exigências de todas as pessoas e organizações que lutam contra o aborto. E, desde já, nada deve nos deter em nossa luta – com todos os meios legais e pacíficos ao nosso alcance –, até conseguirmos que nossas exigências sejam aceitas e reconhecidas pelo Estado e pela legislação colombiana.
Imploramos à Santíssima Virgem, modelo de Mãe, de santidade e de perfeição, que abençoe este nosso esforço, e nos conceda o quanto antes a vitória, a fim de que consigamos evitar que o sangue inocente das crianças abortadas continue sendo derramado na Colômbia.
Cali, 4 de março de 2020
Sociedad Colombiana Tradición y Acción
Eugenio Trujillo Villegas

Diretor
ABIM

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