quinta-feira, 12 de março de 2020

Proença-a-Nova | Alunos de medicina realizam rastreios gratuitos no concelho


Os alunos de medicina da Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto realizaram, pelo segundo ano, rastreios gratuitos de saúde para os residentes do concelho nos dias 6 e 7 de março. No primeiro dia, além dos rastreios na sede da União de Freguesias de Proença-a-Nova e Peral, teve ainda lugar uma ação de sensibilização sobre alimentação saudável dirigida aos alunos da Universidade Sénior de Proença-a-Nova. No dia seguinte (7 de março), realizaram-se rastreios no edifício da Junta de Freguesia de Montes da Senhora da parte da manhã e na sede da União de Freguesias de Sobreira Formosa e Alvito da Beira durante a tarde. 

A realidade populacional demonstra que existem muitos doentes com diabetes e hipertensão arterial, o que aumenta significativamente a probabilidade de AVC, enfartes e outras doenças cardiovasculares associadas e “são essas doenças o grande foco dos rastreios. Depois encontramos também muitos problemas de obesidade”, revela Rui Azevedo, aluno de medicina na Universidade do Porto e participante no projeto. 

Para o futuro médico, “aquilo que queremos essencialmente fazer com esta iniciativa é educação para a saúde. A maioria das pessoas têm noção dos problemas de saúde, do que lhes faz mal, no entanto, já são 40, 50 anos a fazer a mesma rotina e chegar alguém e dizer que tem de mudar nunca é uma coisa fácil e acho que o facto estarmos aqui pelo segundo ano e o facto de a Unidade Móvel de Saúde do Município ao longo do ano também fazer este trabalho junto da população é bastante importante, porque incitar a mudança dos hábitos de estilo de vida é o mais difícil”, acrescenta. 

O objetivo deste projeto, que vai na 16ª edição, é despistar possíveis doenças como obesidade, hipertensão arterial e diabetes, através de rastreios à população jovem e idosa. Este ano, foram incluídas também recomendações sobre o vírus Covid-19, no sentido de tranquilizar a população, desmistificando algumas das ideias erradas que muitas pessoas têm. 

“Este ano batemos o recorde de municípios aderentes e, para além dos rastreios e das ações de sensibilização, temos um vasto leque de temas que abordamos junto de várias faixas etárias, desde crianças nas escolas até às universidades seniores. Este ano a nossa expetativa é atingir entre 4.500 e 5.000 pessoas, o que faz deste projeto, pelo menos a nível de estudantes, a maior ação de rastreios do país”, afirma Tomás Estevinho, também aluno de medicina na Universidade do Porto e participante no projeto. 

Inicialmente o projeto intervinha na zona Norte do país, e depois do balanço positivo do ano passado, introduziu-se na zona Centro, sendo possível marcar presença em Proença-a-Nova, de maneira a chegar às populações mais isoladas do interior do país. O projeto permite que os alunos ganhem experiência na área da medicina e que a população receba gratuitamente rastreios médicos. Este ano, a iniciativa teve lugar em 18 municípios em simultâneo, envolvendo um total de 140 estudantes de medicina.

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