O Secretariado Nacional da Fenprof atualizou o número de estabelecimentos de educação e ensino públicos e privados com casos de Covid-19 para 122 e denuncia os valores apresentados pela Direção-Geral da Saúde, que situa o número em 23. A organização fez também um pedido esclarecimento ao Ministério da Educação e exigiu a realização de testes quando há casos de infeção em membros da comunidade escolar.
De acordo com um comunicado publicado no seu website oficial, a FENPROF atualizou hoje o seu mapa para sinalizar as situações onde já surgiram casos Covid-19, listando 122 estabelecimentos de educação e ensino públicos e privados "em que se detetaram casos positivos em alunos, docentes e/ou trabalhadores não docentes".
Segundo a FENPROF, os estabelecimentos estão distribuídos por 66 municípios, sendo 106 públicos e 16 privados. Estes, porém, são apenas aqueles que a organização apurou, considerando que "será, seguramente, superior o número de estabelecimentos afetados".
A maioria dos estabelecimentos “ainda tem casos ativos”, ou seja, haverá pelo menos 61 surtos em escolas, segundo informação avançada hoje pela Fenprof, que põe em causa os dados avançados pela Diretora-Geral da Saúde que, na quarta-feira, disse existirem 23 surtos.
A federação voltou hoje a pedir ao Ministério da Educação a lista de estabelecimentos em que já houve ou existem casos assim como os procedimentos que estão a ser ou foram adotados em cada um deles.
A estrutura sindical lembra que a tutela tem 10 dias para responder e que avançará para tribunal caso passe o prazo estipulado sem que o ministério tenha dado qualquer informação.
A Fenprof voltou hoje a criticar a forma como as autoridades estão a lidar com a pandemia, lembrando que existem medidas distintas entre escolas mas que, por norma, a pessoa infetada é colocada em isolamento profilático. No entanto, “todos os que, com ela, partilharam espaços continuam a deslocar-se às escolas, sem que seja realizado qualquer teste”.
A Fenprof lembra que mesmo quando os professores têm turmas a cumprir quarentena, estes “têm de se manter ao serviço sem realizarem qualquer teste”.
A Fenprof volta por isso a exigir ao ministério que sejam adotados procedimentos padronizados em todos os concelhos do país e que sejam realizados testes sempre que surjam situações de covid-19 nas escolas.
Veja a lista completa de estabelecimentos:
Bragança:
- AE Emídio Garcia
Vila Real:
- AE Diogo Cão (EB do Prado, Ferreiros)
Valença:
- AE Muralhas do Minho
Monção:
- AE de Monção
Ponte de Lima:
- AE António Feijó
Viana do Castelo:
- AE Monte da Ola; AE de Paredes de Coura;
- AE Santa Maria Maior;
- AE de Monserrate
Braga:
- AE D. Maria II;
- EB1 de São Mamede;
- Colégio Luso Internacional de Braga;
- EB de Lamaçães;
- EB de Tenões
Famalicão:
- EB de Gavião
Guimarães:
- Escola Secundária Francisco de Holanda;
- EB 2.3 Egas Moniz;
- EB 2.3 Caldas das Taipas
Barcelos:
- EB 2.3 Abel Varzim;
- Centro Infantil de Barcelos
Felgueiras:
- Centro Escolar da Lixa;
- Escola Secundária da Lixa
Lousada:
- Centro Escolar de Lustosa;
- EB 2.3/S de Lustosa;
- Escola Secundária de Lousada
Lourosa:
- JI de Fonte Seca;
- EB1 de Fonte Seca
Marco de Canavezes:
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