A Câmara Municipal da Marinha Grande vai promover o Festival “Marinha Grande, SOPRO: ARTE PÚBLICA”, com curadoria da associação Riscas Vadias, de 25 de outubro a 13 de novembro de 2020.
Para a presidente da Câmara, Cidália Ferreira, “a arte urbana é uma expressão artística poderosa e impactante que queremos estimular na Marinha Grande. O Festival Sopro, inspirado na tradição marinhense, é apenas o início de um trabalho a longo prazo que queremos cumprir no que toca à arte urbana e à cultura no concelho da Marinha Grande. Para além disso, este Festival reserva-nos uma surpresa em homenagem ao escultor marinhense Joaquim Correia, no centenário do seu nascimento”.
O Festival vai consistir na realização de três intervenções artísticas: uma escultura no topo do Teatro Stephens e duas pinturas murais em paredes / fachadas de média/grande dimensão. As criações vão ficar a cargo dos artistas Ricardo Romero e Robot.
A vertente artística do evento tem como objetivos principais a afirmação da Marinha Grande como “galeria de arte” num novo cenário de turismo artístico e cultural de âmbito nacional e internacional, e reconhecimento desta como ponto de visita obrigatório no tour de arte pública urbana; potenciar a criação e divulgação da arte pública urbana; e, a afirmação e reconhecimento da identidade da Marinha Grande através da representação e homenagem ao património histórico (edificado e natural), ao património imaterial e à arte do vidro soprado.
O projeto encontra o seu desígnio através da característica inerente à formação do vidro, considerada uma das mais surpreendentes descobertas humanas e particularmente identificáveis com a região da Marinha Grande, detentora de uma reputação inigualável no que toca à inserção e promulgação da importância do vidro no nosso país.
O processo de produção vidreira pode considerar-se uma obra resultante da junção de diversos elementos fundamentais, a matéria-prima que sempre esteve ao alcance da região e na qual a Marinha Grande teve um papel pioneiro de grande relevância. Além disso, a incrível arte do vidro de sopro, resulta ainda em níveis de poluição muitíssimo baixos, não gerando resíduos e sendo uma fonte de reciclagem eterna, o que apresenta também um ponto positivo na consciência ecológica, tão imprescindível nas comunidades hoje em dia.
A técnica milenar do vidro soprado marca também a época industrial portuguesa. Surgindo o trabalho manual do vidro soprado como uma arte, hoje já muito enraizado na exclusividade da região, mas menosprezado noutras zonas nacionais e internacionais, são ainda alguns que consideram que a magia acontece pelas mãos dos artesãos vidreiros, capazes de dar vida e forma a peças singulares.
Assim, podemos afirmar, que a arte está na forma como o sopro dá corpo às coisas.
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