terça-feira, 8 de março de 2022

Câmara de Coimbra suspende acordo de geminação com cidade russa de Yaroslavl

O executivo da Câmara de Coimbra aprovou hoje, com apenas uma abstenção do vereador da CDU, uma moção que determina a suspensão do acordo de geminação com a cidade russa Yaroslavl, devido à guerra na Ucrânia.

A moção, que contou com os votos a favor dos vereadores da coligação Juntos Somos Coimbra e do PS e abstenção do vereador da CDU, condena a invasão da Federação Russa de “um país democrático e independente, sem qualquer justificação, causando destruição e morte indiscriminada de pessoas inocentes”, afirmou o presidente da Câmara, José Manuel Silva, que lia o documento, no período antes da ordem do dia da reunião de hoje do executivo.

A Câmara de Coimbra manifestou-se “contra todas as formas de imperialismo e de quaisquer tentativas de impor a submissão de países independentes pela força das armas, pelo que exige a imediata retirada das forças armadas da Federação Russa, o país agressor, do território ucraniano, o país agredido".

Apesar de entender que o próprio povo russo é também, “em certa medida, uma vítima da ditadura feroz que o governa”, o município decidiu suspender o acordo de geminação com a cidade russa de Yaroslavl, assinado a 14 de julho de 1984.

“Com efeito a agressão russa à Ucrânia, por ordem de Putin, é incompatível com o acordo então estabelecido, que preconizava que as partes contratantes apoiavam sempre todas as iniciativas e ações que servissem ao desanuviamento político e militar e à consolidação da paz”, lê-se na moção.

O vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, optou pela abstenção por discordar da decisão da suspensão do acordo de geminação e por a moção ignorar o contexto internacional em que a ofensiva militar russa ocorre.

Sapo

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