Porto de Mós | CMPM - Dia Internacional da Mulher

 O Dia da Mulher surgiu em forma de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.

A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu entre o final do século XIX e o início do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e de trabalho.

Em 1975, o dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher, pelas Nações Unidas. Atualmente, esta data é comemorada em mais de 100 países como um dia de protesto pelos direitos das mulheres e celebração do feminino.

À semelhança do que aconteceu em anos anteriores, a Presidente da Assembleia Municipal, fez um discurso onde realça a distância a que ainda nos encontramos de viver num mundo onde exista igualdade entre homens e mulheres.

Os direitos das mulheres já fizeram grandes progressos nas últimas décadas desde a abolição de leis discriminatórias ao aumento do número de raparigas a frequentar a escola.

Mas, infelizmente, apesar da lei portuguesa garantir igualdade, ainda existe uma diferença salarial entre homens e mulheres. As mulheres continuam a ser vítimas de violência domésticas em maior número e muitas sofrem violência sexual, sendo obrigadas a casar, exploradas sexualmente e integradas no tráfico de seres humanos.

O Município de Porto de Mós assinala hoje, dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, homenageando as mulheres do concelho de Porto de Mós.

Este ano serão homenageadas as Mulheres Profissionais de Saúde do concelho, que dedicam a sua vida a cuidar do outro, no dia 20 de março, pelas 14h30, na Casa da Cultura de Mira de Aire.

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Clarisse Louro,

Presidente da Assembleia Municipal de Porto de Mós

Comemora-se hoje, 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, com raízes que vêm dos finais do século XIX e da história da luta das mulheres por melhores condições de trabalho, e pelos seus direitos sociais, políticos e económicos. Mas também no contexto do projeto de igualdade de género, ainda longe de se concretizar, apesar dos avanços das últimas décadas.

A igualdade plena entre homens e mulheres está ainda longe de ser atingida. Há países ou regiões onde poderá estar mais próxima, mas subsistem culturas e regiões onde não passa de uma miragem.

Infelizmente não é apenas nesses contextos que há ainda um longo caminho a percorrer para alcançar a plena igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. Mesmo as geografias e culturas que a asseguram no plano do Direito, negam-na no dos factos.

E a violência contra as mulheres é mesmo transversal e uma autêntica pandemia que afeta todos os países, em todo o mundo. Milhões de mulheres, por todo o mundo, sofrem violência física ou sexual. Milhões de crianças do sexo feminino são, numas geografias, forçadas a casar. Noutras, exploradas para fins sexuais. Fins para que milhões de mulheres são traficadas pelo mundo fora.

Em Portugal, a lei garante a igualdade de homens e mulheres. Os factos nem tanto. A realidade não acompanha a lei.

Apesar das mulheres serem iguais aos homens perante a lei portuguesa, mostram as últimas estatísticas que, para trabalho igual e com iguais competências específicas, as mulheres recebem menos 14,8% que os homens. As vítimas de violência doméstica são quase exclusivamente mulheres. Muitas são mortas nesse contexto: 28, em 2019, 30, em 2020, e 23 em 2021!

Por tudo isto continua a ser importante assinalar esta data.

Na minha qualidade de mulher e Presidente da AM não quero ficar-lhe indiferente.

E tomo-a para denunciar injustiças e despertar consciências, numa altura onde homens e mulheres da Ucrânia estão a sofrer na pele as agruras de um conflito feroz, que viola o Direito Internacional e a paz.

Hoje quero homenagear todas as mulheres do meu concelho e, em nome delas, e pelo dramático momento histórico que estamos a viver, homenagear a mulher ucraniana com uma mensagem de solidariedade pela sua dor e esperança. E com um especial agradecimento pelo seu exemplo, pela sua coragem e pela sua resiliência.

No dia 20 de março, na Casa de Cultura de Mira de Aire, vamos homenagear as Mulheres Profissionais de Saúde das nossas Unidades de Saúde. Numa cerimónia simples, mas com muito significado para nós.

Conto com a vossa presença.