O planeta vai ficar tão quente que humanos não vão resistir em certas regiões. É o alerta da ONU e da Cruz Vermelha.
As vagas de calor vão tornar-se tão extremas que a vida humana vai deixar de ser sustentável, em certas regiões do mundo. Prevê-se que as ondas de calor "excedam os limites fisiológicos" dos humanos no corno de África e no sudoeste asiático.
A conclusão é de um relatório publicado pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha. O documento antecede a COP27 da ONU, que acontece no próximo mês, no Egito.
Martin Griffiths, Chefe de gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, afirma que são os países mais "frágeis" que vão ter de assumir os problemas e os "danos mortais" causados pelo calor extremo, quando são, de forma "clara" os "menos responsáveis pelas mudanças climáticas".
De acordo com Griffiths, "os países mais ricos têm recursos para ajudar os povos a adaptarem-se" ao calor, já os mais pobres "que não são responsáveis pelas vagas de calor torturantes, não têm esses recursos.".
Calor tirou a vida a 70 mil pessoas em 9 anos
O documento diz que entre 2010 e 2019 morreram mais de 70 mil pessoas devido a 38 vagas de calor.
A ONU a Cruz Vermelha alertam os países mais ricos para medidas imediatas de combate às alterações do clima, para evitar que o planeta fica mais e mais quente.
"O sistema humanitário não está equipado para lidar com crises desta escala por conta própria.", afirma o gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Uma das soluções apresentadas na conferência de imprensa de apresentação do relatório, foi a criação de abrigos de emergência contra o calor, uma espécie de 'bolha de ar condicionado', que sirva de escudo a que viva nestas regiões, que possam vir a ter temperaturas mortais, no futuro.
Euronews
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