A
democracia não está “garantida”: “precisa de democratas”.
Pode ser a conclusão do estudo que recolheu a opinião dos jovens
europeus.
57
por cento afirmam preferir
a democracia a qualquer outra forma de governo.
Mas, são também muitos os que não a apoiam a 100 por cento. Em
importantes países como Polónia, Espanha ou França, esse número
chega
a apenas 50 por cento.
Preocupante.
E
o que dizem estes jovens? 39
por cento acredita que o sistema funciona bem, mas tem de mudar
em “alguns aspetos.
Apesar
disso, a permanência dos países na União Europeia não é um
assunto em debate para a maioria. Dois terços, cerca
de 66 por cento, consideram que a adesão à UE é positiva.
Os
jovens europeus querem, inclusive, que a UE
invista mais em defesa
e que haja redução da burocracia.
A
democracia não é um sistema garantido. Exige uma construção
permanente. Sobretudo, ameaçada como nunca esteve, analisando as
últimas décadas.
Uma
das ameaças à democracia está na diminuição da leitura de
informação credível.
A
comunicação social, um dos pilares do sistema democrático, está
sob forte ameaça, com o crescimento
da criatividade que domina as redes sociais.
A
disseminação de notícias
falsas e a desinformação pode minar a confiança nas instituições
democráticas,
polarizar a sociedade e dificultar o debate público.
Vejo-me
por vezes a dizer que a democracia e o seu fortalecimento têm
custos. Um
destes deve ser o de garantir uma informação independente.
Eduardo
Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional de Imprensa
Regional
Destaque
“A
permanência dos países na União Europeia não é um assunto em
debate para a maioria”
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