sábado, 16 de janeiro de 2016

OS HUMANOS DO FUTURO VÃO TER GUELRAS, PÉS COM MEMBRANAS E OLHOS DE GATO


 

O ser humano pode vir a desenvolver guelras, mãos e pés com membranas e olhos semelhantes aos dos gatos, com uma pálpebra transparente, numa evolução fisiológica para sobreviver a condições climáticas muito diferentes das actuais.
Estas são previsões do paleo-antropologista Matthew Skinner, professor na Universidade de Kent, no Reino Unido, que considera que as mudanças climáticas ou outros fenómenos excepcionais, como o impacto de um asteróide ou a colonização de outros planetas, vão motivar alterações fisionómicas drásticas nos seres humanos.
Desafiado pelo programa Extant Season 2, do Canal Syfy, Skinner diz que um cenário de subida dramática do nível do mar pode levar os humanos a desenvolver mãos e pés com membranas e guelras artificiais para poderem sobreviver dentro da água.
“Podemos desenvolver um tapetum lucidum, uma camada adicional na retina, como os olhos dos gatos, que melhoraria a nossa visão em condições de baixa luz, tal como debaixo de água”, refere Skinner no programa televisivo.
“Devido ao ambiente frio por se estar submergido em água regularmente, manteríamos uma camada de “gordura de bebé” até à idade adulta como um isolante”, acrescenta.
O professor também acredita que teríamos menos pelos corporais para facilitar a deslocação na água e que as guelras acabariam por retirar capacidade aos pulmões, por não serem necessários, o que motivaria o encolhimento da caixa das costelas.

Sem dentes e com caras de bebé

A colonização de outros planetas como Marte, caso a vida na Terra se torne impossível, é outra circunstância abordada por Matthew Skinner que motivaria o encurtamento das pernas por não serem tão usadas devido à falta de gravidade.
O corpo humano tenderia então a perder tamanho, no geral, num fenómeno semelhante ao chamado “nanismo insular”, que se verifica com alguns mamíferos quando vivem em ambientes com poucos recursos e poucos predadores.
Haveria ainda desenvolvimento de dedos grandes dos pés suplementares, que se moveriam como polegares, para permitir aos humanos agarrarem-se em ambientes sem gravidade.
“Os desenvolvimentos tecnológicos que nos permitiriam habitar noutro planeta também sugeririam que exigências básicas de dieta seriam providas através de substâncias não sólidas manufacturadas e equilibradas nutricionalmente”, salienta o paleo-antropologista
Skinner prevê que isso levaria a mudanças nos dentes, que desapareciam, e à redução dos maxilares e da boca.
“Teoricamente, poderíamos parecer-nos mais com recém-nascidos cujas bocas só precisam de engolir, contudo continuam a ter cérebros grandes”, explica o professor da Universidade de Kent, notando que o rosto ficaria mais pequeno.
Skinner considera que, no cenário de impacto de um asteróide com a Terra, que poderia dar início a uma nova Idade do Gelo, as poeiras que bloqueariam o Sol provocariam a descida drástica das temperaturas.
Em tal cenário, a sofisticação tecnológica seria seriamente abalada, devido à perda de materiais e de capacidade de produção.
A força física ganharia então importância para a sobrevivência humana, o que levaria homens e mulheres a ficarem maiores e ambos os sexos desenvolveriam mais pelos no corpo.
A falta de Sol tornaria a pele e os cabelos mais claros para melhorar a absorção de vitamina D e o nariz e a face, em geral, aumentariam de tamanho para aquecer o ar frio.
SV, ZAP

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