O projeto Re-Food, que consiste na distribuição de comida recolhida em restaurantes por famílias carenciadas, em Lisboa, inaugura na primavera mais quatro núcleos, um deles em Alfragide, o primeiro fora da capital, e chega no outono ao Porto.
O mentor do projeto, o norte-americano Hunter Halder, revelou hoje, em declarações à Lusa, que estão em “fase de implementação” novos núcleos do Re-Food em São Sebastião da Pedreira, Olivais e Carnide, em Lisboa, e em Alfragide, na Amadora.
A 09 de março de 2011, o norte-americano Hunter Halder, a viver em Portugal há mais de vinte anos, iniciou sozinho o projeto Re-Food na freguesia de Nossa Senhora de Fátima.
Em janeiro de 2013 foi inaugurado um núcleo do projeto em Telheiras, em outubro abriu outro na Estrela e em dezembro um outro no Lumiar.
Em formação estão também as equipas dos núcleos de São Domingos de Benfica e da Misericórdia, que, segundo Hunter Halder, “são capazes de abrir na primavera também”.
No outono, em setembro, o projeto deverá chegar mais longe, mais propriamente ao Porto.
Já em março, no dia 12, há uma reunião “aberta a toda a comunidade”, na Foz do Douro, para os interessados em colaborar com o projeto.
Antes, há outras reuniões de preparação, a 25 de fevereiro, na Misericórdia, e a 26 em Alcântara, e a 13 de março no Areeiro.
Além destes núcleos, o responsável destacou a “equipa empenhada e pronta a começar” no Parque das Nações, em Lisboa, “mas que não tem local”.
“É um caso muito difícil, ali [naquela zona] é tudo novo. Há muitas lojas vazias, precisamos que alguém generoso ofereça uma loja”, apelou Hunter Halder.
Também as equipas que querem começar a trabalhar em Belém, São Francisco Xavier e Alvalade “estão sem espaço”.
Os espaços onde funcionam os núcleos do Re-Food foram cedidos por várias instituições, entre elas a Câmara Municipal de Lisboa, juntas de freguesia, congregações religiosas e associações.
Mas há mais núcleos novos a serem pensados, ou, como diz Hunter Halder, “em fase embrionária”, em Almada, na Covilhã, em Almancil (Loulé), em Oeiras, em Cascais e em Amesterdão, na Holanda.
Com o “crescimento exponencial” do projeto, a equipa do Re-Food, referiu Hunter Halder, precisa de um espaço onde montar um escritório, “de preferência no centro da cidade”.
“Tem que ser um espaço 100% voluntário e precisamos também de quem faça trabalho administrativo”, apelou o responsável.
Neste momento, segundo Hunter Halder, o Re-Food tem cerca de 680 beneficiários, que “são ajudados todos os dias”, e 745 voluntários, que “dedicam ao projeto, cada um, cerca de duas horas uma vez por semana”.
Além de mais de 300 restaurantes, o projeto conta com apoios esporádicos, caso do Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), onde os voluntários do Re-Food foram hoje buscar 200 quilogramas de comida.
/Lusa
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