É
uma associação que congrega e representa a quase totalidade das igrejas
evangélicas em Portugal.
Foi
organizada em 1921 sob a liderança do seu primeiro presidente, Eduardo Moreira,
muito embora o seu estatuto legal só tivesse sido obtido em 1935.
Inicialmente
constituída apenas por pastores e outros líderes das Igrejas Evangélicas, os
seus grandes objectivos foram a luta pela pureza da Fé e da Doutrina
Evangélicas, a luta pela liberdade religiosa e a abolição das discriminações de
que os Evangélicos eram vítimas, relativamente à Igreja Católica Romana, que
era e ainda é, a confissão dominante.
Ao
mesmo tempo a Aliança Evangélica Portuguesa constituiu-se como um ponto de
encontro da liderança evangélica para debater e tomar posições sobre aspectos e
temas relevantes da Comunidade Evangélica em Portugal nomeadamente as que
diziam respeito à liberdade religiosa, tantas vezes ameaçada e comprometida
pelos privilégios concedidos pelo Estado à Igreja Católica Romana e a
perseguição que esta então move a todos que não professavam a religião oficial.
A actuação da AEP neste aspecto ao longo dos anos, tem dado os seus resultados,
bem patentes no enquadramento legal que pouco a pouco tem sido alcançado.
No
campo da assistência social, teve uma acção destacada na crise dos "retornados"
das ex-colónias, quando mobilizou e distribuiu apoios, em géneros e dinheiro,
para os que chegavam sem nada.
Em
meados dos anos 80 a Aliança Evangélica Portuguesa altera os seus estatutos,
cria condições para um maior envolvimento das igrejas no seu organismo de
representação, amplia as suas estruturas e dinamiza as suas actividades de
âmbito colectivo e nacional.
No
início dos anos 90 adquire uma nova dinâmica e intensifica a luta pelo
reconhecimento oficial da identidade e dignidade da Comunidade Evangélica
Portuguesa, a luta pela abolição das discriminações de que a mesma é vítima em
diversas matérias, a luta pela eliminação das barreiras que ainda existem ao
normal exercício da actividade das igrejas evangélicas. Luta e conquista o
direito de ensinar a Religião e Moral Evangélicas nas escolas públicas,
conquista o acesso à televisão Estatal, no âmbito do serviço público, e
prossegue a luta para que o Estado
reconheça formalmente a existência da "Confissão Cristã
Evangélica" como a maior não
católica romana e a AEP como o seu organismo de representação.
Contra
"ventos e marés" e grandes resistências culturais e sócio-políticas
algumas destas lutas foram, parcialmente, bem sucedidas, destacando-se a
prolongada luta por uma Lei da Liberdade Religiosa.
A
AEP congrega e representa a quase totalidade da comunidade evangélica, com um
número de fiéis directamente envolvidos nas igrejas da ordem dos 250.000,
exerce a sua influência num universo de 500.000 pessoas, tem cerca de 1.500
locais de culto espalhados por todo o Continente e Ilhas, possui cerca de 900
ministros de culto e outros líderes, conta com cerca de 2.000 quadros
superiores, sócio-profissionais e empresários, possui 12 escolas de ensino
teológico, conta com mais de 63 instituições de acção social, tem 306 turmas a
funcionar em 241 escolas públicas da disciplina de Educação Moral e Religiosa
Evangélica abrangendo um universo de 2000 alunos, tem dois programas
televisivos, sendo um bi-semanal, no canal 2 da RTP, "A Luz das
Nações" e o outro, "Caminhos", transmitido ao 3º domingo de cada
mês e exerce muitas outras actividades ligadas à promoção da fé cristã evangélica,
à salvação dos portugueses e à valorização da vida humana.
A
AEP coordena e dinamiza, também, projectos a nível nacional promovidos pelas
igrejas e apoia-as, bem como aos seus ministros e outros líderes, em diversos
aspectos da sua acção local.
É
reconhecida pelo Estado como representante da Comunidade Evangélica Portuguesa
e nessa qualidade mantém contactos institucionais regulares com a Igreja
Católica Romana.
Está
internacionalmente em íntima cooperação com as Alianças Evangélicas dos países
da UE, integra a Aliança Evangélica Europeia e, a nível mundial, a Aliança
Evangélica Mundial, com sede em Singapura.
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