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O comentador
abordou dois temas muito polémicos: os Panama Papers e o pedido de ajuda
externa de Angola.
A tarde de
quarta-feira ficou marcada com a notícia de que Angola tinha pedido ajuda ao
Fundo Monetário Internacional (FMI). Para o comentador da SIC - habitualmente
às segundas-feiras - "era inevitável" porque Angola "tem uma
economia que dependia 80% das receitas de petróleo e caiu brutalmente nos
últimos anos"
"Como era
uma mono receita o país foi à falência. É escandaloso quando se pensa no país
rico que é Angola e quando se pensa na imensa riqueza acumulada pelos
dirigentes angolanos à roda do presidente", considera.
Para o
escritor, é "insustentável que o país e as pessoas estejam na miséria,
quando o governo vive na abundância geral. Só o orçamento para a segurança do
presidente é três vezes maior que oito hospitais em Luanda".
"A
esperança é que o FMI imponha exigências de outra governação", afirma,
acrescentando que é necessária uma mudança de paradigma mas isso significa que
tenha que haver honestidade e fim da corrupção. Contudo, "isso não está na
vontade dos atuais dirigentes de Angola".
O comentador
refere ainda que "a situação económica de Angola está ligada à
política". "Não há dúvida que Angola chegou a um ponto em que o atual
poder bateu com a cabeça na parede", acrescenta.
Outro tema que
também esteve em destaque no 'Jornal das 8' foi o escândalo financeiro Panama
Papers. "Porque não se concertam? Porque não há interesse nisso. O poder
financeiro é opaco e tem muitas ligações com o poder político, aquela gente
toda que se reúne anualmente, os poderosos do mundo, está lá tudo o que permite
as offshores".
"Há aqui
uma ação concertada para subtrair biliões de dinheiro de impostos aos
países", indica.
Sousa Tavares
explica ainda que "regra geral não é crime ter dinheiro em offshore desde
que os impostos sejam todos pagos no país de origem".
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