O novo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, garantiu esta sexta-feira à noite, durante a cerimónia de posse do seu Governo, que vai com determinação e firmeza trabalhar para dar solução aos desafios que a economia global impõe ao país.
Foi em tom optimista que Correia e Silva referiu haver no país "uma gama de oportunidades que deverão se exploradas”.
O chefe do Governo reafirmou os “compromissos” que apresentou na sua Plataforma Eleitoral, principalmente a criação de 45 mil empregos nos cinco anos da sua legislatura. Já o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que conferiu posse a Correia e Silva, disse que dificilmente haverá período de graça e pediu ao novo Governo que comece a trabalhar para o país.
No seu discurso de posse, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse que está ciente da “difícil situação” económica e financeira do país, agravada pelo contexto externo “particularmente difícil, complexo, incerto e exigente”.
Mas garantiu determinação e firmeza para ultrapassar os desafios da economia global. E é nesta linha que Correia e Silva voltou a reiterar a sua promessa de criar 45 mil empregos, nos próximos cinco anos, para fazer face ao desemprego, um dos seus maiores desafios da sua legislatura. Ulisses Correia e Silva assegurou que não irá elaborar nem tão-pouco financiar programas para gerir a pobreza, porque, vai, sim, acabar com ela, prometeu.
O novel PM fez uma revisão dos seus “compromissos” em áreas como ambiente de negócio, segurança jurídica, fiscalidade, instrumentos de financiamento, melhor sistema de transportes, energia, qualificação dos recursos humanos, flexibilidade do mercado laboral, acordos estratégicos em sede de concertação social, cooperação, combate à insegurança, regionalização, saúde, segurança alimentar, protecção social, habitação, ambiente político, entre outros.
Estes são desideratos que Silva quer atingir para o bem de Cabo Verde, porque segundo reafirmou, o seu executivo vai governar para todos os cabo-verdianos. O líder do MpD em tom optimista realçou que acredita em Cabo Verde. Também agradeceu ao Governo cessante pelos “relevantes serviços” prestados ao país. Palavras corroboradas pelo presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que conferiu posse ao novo Governo.
Aliás, esta é uma das obrigações constitucionais que assume “com inegável prazer”, referiu Jorge Carlos Fonseca, destacando que "o Governo Constitucional e o Parlamento foram eleitos sob o signo do civismo, da tolerância e do respeito pelas diferenças”.
O Mais Alto Magistrado da Nação destacou que “as expectativas dos cabo-verdianos para com este Executivo são enormes e as pressões vão ser muitas”. Pelo que, no seu entender, muito dificilmente o Governo de Ulisses Correia e Silva poderá gozar do dito período de graça, porque terá de entrar logo a trabalhar para o bem do país. No entanto, aproveitou para lembrar aos cidadãos que é legitimo exigirem a materialização da Plataforma Eleitoral de Correia e Silva, mas sublinhou que “não se fará tudo ao mesmo tempo”.
Sanny Fonseca - A Semana
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