O ex-ministro Ângelo Correia, políticos da Madeira, elementos da família Champalimaud e o empresário Pedro Queiroz Pereira são os novos nomes revelados no âmbito da investigação aos Panama Papers.
ESCÂNDALO PANAMA PAPERS
O Expresso e a TVI continuam a divulgar dados sobre os documentos da Mossack Fonseca e Ângelo Correia, ex-ministro da Administração Interna do governo do PSD, é apanhado no processo, estando associado à offshoreAnchorage Group Assets Limited, da qual foi administrador entre 2004 e 2005, quando estava afastado da política.
Ângelo Correia refere ao Expresso que não se lembra de nada. “Trabalhei para muita gente e pode ter sido que me tenham nomeado para essa empresa e eu tenha assinado”, refere o ex-ministro, enquanto o Expresso sublinha que aoffshore em causa funcionava com acções ao portador, sendo assim impossível saber quem eram os seus verdadeiros donos.
O semanário avança ainda com novos dados relativamente à ES Enterprises, offshore considerada o “saco azul” do Grupo Espírito Santo (GES), notando que esta terá feito pagamentos “ocultos” durante mais de 20 anos, incluindo avenças a políticos.
O Ministério Público (MP) já terá na sua posse uma lista de mais de 100 pessoas, incluindo autarcas, funcionários públicos, gestores, empresários e jornalistas, que terão beneficiado destes alegados pagamentos ilícitos. Esta lista inclui os valores pagos e “há pagamentos elevados e outros de poucos milhares” e ainda “avenças mensais” que se prolongaram no tempo, sublinha o Expresso.
O semanário nota ainda que o GES surge associado a outro episódio suspeito, depois de buscas feitas no âmbito da Operação Furacão, na sede do Conselho Superior do GES, terem levado àapreensão de dois milhões de euros em notas, dinheiro que continuará num cofre de um tribunal, sem que tenha alguma vez sido reclamado ou que tenha sido explicada a sua proveniência.
Apanhados nos Panama Papers foram ainda os presidente e vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Tranquada Gomes e Miguel de Sousa, que surgem nos documentos como representantes legais de outras pessoas em offshores distintas, uma registada no Panamá e a outra nas Ilhas Virgens Britânicas.
Ambos garantem que nunca exerceram funções nesse âmbito. “Não passaram de actos banais da profissão de advogado”, diz mesmo Tranquada Gomes.
O empresário Pedro Queiroz Pereira, dono da Semapa e da Portucel, é outro dos nomes citados na investigação como detentor de duas offshores, uma das quais terá servido para pagar um contrato de aluguer de jactos privados com a Netjets, em 2006.
A família Champalimaud também é mencionada na investigação do Expresso, com os nomes de Luís de Mello Champalimaud, um dos filhos do patriarca António Champalimaud, e da sua neta, Sofia Charters Monteiro, associados a duas offshores diferentes e a contas no banco suíço UBS.
ZAP
Comentário: este foi dos tais que disse: "os portugueses viveram anos acima das suas possibilidades". Pessoas com estatuto de ex-governantes, tendo jurado sobre a constituição. metem-se nestas trapalhadas.
Em alguns países já estavam no corredor da corrida final por traição à Pátria.
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