Entre os senadores que votaram “não”, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) chegou a criticar os “golpistas da Constituição”
Correio do Brasil, com Reuters e Agências de Notícias – de Brasília
A comissão especial do impeachment no Senado aprovou nesta sexta-feira parecer favorável à abertura do processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Aprovado por 15 a 5 votos, o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) será agora submetido à votação no plenário do Senado na próxima quarta-feira. Se aprovado pela maioria dos senadores, a presidenta será afastada por até 180 dias.
Os senadores líderes do PP, Ana Amélia (RS), do PSC, Eduardo Amorim (SE), do PV, Alvaro Dias (PR), do PSB, Fernando Bezerra Coelho (PE), do PMDB, Waldemir Moka, do PSD, José Medeiros (MT), do DEM, Ronaldo Caiado (GO), do Bloco Parlamentar da Oposição (PSDB-DEM-PV), Ricardo Ferraço (ES), do PTB, Zezé Perrela, do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), do PR, Wellington Fagundes, do Bloco Moderador (PTB-PR-PSC-PRB-PTC), Magno Malta, do PPS, Cristovam Buarque, e do Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP-PSD), Gladson Camelli, apresentaram voto favorável ao relatório.
Ao votar “não”, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou os “golpistas da Constituição” e comparou o atual processo deimpeachment a uma “infração de trânsito” que é punida “com a pena de morte”. A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB, também apresentou voto contrário ao relatório, assim como o líder do PDT, Telmário Mota, o líder do governo, Humberto Costa (PE), e o senador Lindbergh Farias (RJ), na condição de vice-líder do PT.
Afastamento de Cunha repercute na Comissão
A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) pediu a suspensão dos trabalhos da Comissão do Impeachment do Senado por causa do afastamento, pelo Supremo Tribunal Federal, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
– Ele foi afastado por desvio de poder no exercício de suas funções de presidente da Câmara. Recebeu denúnica contra Dilma por revanche. Há um processo com vários problemas, é nulo – afirmou a senadora.
O pedido foi negado pelo presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB). Para ele, não cabe à comissão anular atos aprovados pelo Plenário da Câmara dos Deputados.
O senador Cassio Cunha Lima rebateu o pedido da senadora petista.
– É uma tentativa de obstruir – criticou.
Lima comentou ainda o afastamento do presidente da Câmara, dizendo que a bancada apoia a decisão do Judiciário.
– É sim uma intromissão no Legislativo, porque, às vezes, é preciso arrombar a porta para resolver situações graves. Apoiamos sim essa decisão – disse.
Encerrada as fases de questões de ordem, iniciou-se o encaminhamento dos líderes. A primeira senadora a falar foi Ana Amélia (PP-RS).
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