“Se não acreditasse nisso não vivia em Angola”, disse a conhecida cantora que falava no programa Angola Fala Só nesta sexta-feira, 6.
Num animado programa em que a cantora respondeu a questões colocadas por telefone e através das redes sociais, Eva Rapdiva disse que o seu novo álbum deverá ser colocado no mercado ainda este ano.
A cantora deverá, antes disso, começar a realizar espectáculos novamente, tendo um previsto para meados deste mês em Benguela.
Eva Rapdiva disse que o facto de ter estado ausente dos palcos não se deve “a nenhum boicote ou nada que se pareça”.
“Fui eu que decidi trancar a minha agenda para trabalhar no álbum”, afirmou, acrescentando ainda não ter sido excluída de canais de televisão ou rádio.
A cantora tinha rejeitado alguns convites porque decidiu que iria à televisão “quando tivesse coisas novas para promover”.
“Eu podia fazer um discurso para dizer que estou a ser boicotada para passar-me por vítima como muitos cantores pseudo-revolucionários às vezes fazem, mas não é isso que se está a passar”, afiançou.
A cantora disse compreender porque muitas pessoas tenham reagido de forma antagónica às suas declarações “devido à ignorância sobre o qu e a liberdade de expressão”.
“Houve certas coisas que aconteceram que eu não tornei públicas porque não me escandaliza, pois já sabia que isso ia acontecer”, afirmou, esclarecendo que "da parte das rádios não conheci essa exclusão” e que ainda não começou a promover o seu novo álbum”.
“Só vou poder falar disso dentro de um a dois meses e se assim for eu direi abertamente se estou ou não a ser excluída”, prometeu.
Interrogada sobre o activista Luaty Beirão que foi recentemente condenado a uma pena de prisão por alegada tentativa de golpe de Estado e o seu valor enquanto intérprete de rap, Eva Rapdiva disse que “Luaty Beirão é mais relevante como activista do que rapper, mas é um bom rapper”.
A cantora adiantou estar convencida que os activistas deste caso serão libertados em breve porque o caso contra eles “não tem ponta por onde se lhe pegue”.
Para Eva Rapdiva, a justiça será eventualmente feita nas instâncias jurídicas mais altas.
A cantora disse ainda haver injustiças todos os dias, mas acredita que haverá justiça em Angola
“Tenho que acreditar que em Angola vai haver justiça porque se não não vivia aqui”, afirmou a cantora, para quem em Angola "não há hospitais públicos".
“Temos coisas em que se deitam pessoas como se fossem animais”, concluiu Eva Rapdiva.
Voz da América, em Angola Fala Só
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