O escândalo dos Panama Papers veio para ficar. O Expresso e a TVI revelaram este sábado o nome de mais sete empresários.
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O polémico
caso dos Panama Papers continua a dar que falar. O Expresso e a TVI, que
integram a investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de
Investigação, apuraram que há mais portugueses envolvidos no escândalo das
empresas offshore.
Hélder
Bataglia, Luís Horta e Costa e o luso-brasileiro Fausto da Silva Costa fazem
parte do pequeno grupo de pessoas que controla a Ecoplan Finance Limited, junto
da filha do presidente do Congo, Julienne Sassou.
Esta empresa
offshore foi criada em 1998 nas Ilhas Virgens Britânicas pela Mossack Fonseca,
empresa de advogados do Panamá que está na origem desta investigação.
A Ecoplan
Finance serviu como uma sociedade-veículo para controlar o capital social da
Escom Congo, uma das maiores empresas de construção e imobiliário do país,
explicam o Expresso e a TVI.
A saber ainda
que Bataglia e Horta e Costa são os fundadores da Escom, "o braço
não-financeiro do Grupo Espírito Santo (GES) para África", segundo o
semanário.
Hélder
Bataglia, que é presidente e dono de 33% da Escom, é o português que mais vezes
é referenciado nos Panama Papers, sendo que o seu nome aparece em 1.200
documentos, tal como o nome de Luís Horta e Costa.
Os portugueses
aparecem como beneficiários de 23 companhias offshore, registadas nas Ilhas
Virgens Britânica e criadas no âmbito dos negócios que a Escom foi
estabelecendo em Angola e no Congo.
Os dois meios
de comunicação social dão conta ainda este sábado do nome do empresário
luso-angolano Álvaro Sobrinho que surge nos documentos enquanto beneficiário de
quatro sociedades offshore. Uma delas é a White Ceder Ltd., sediada nas Ilhas
Virgens Britânicas.
Esta empresa é
uma das 32 offshore que, junto da Mossack Fonseca, tinha como intermediário a
Signet Wealth Management SA, uma sociedade gestora de patrimónios, regulada
pelas autoridades suíças, da qual Álvaro Sobrinho é accionista.
Questionado
pelo Expresso e TVI, Álvaro Sobrinho explicou que esta empresa “gere os seus
ativos de acordo com a lei suíça e, portanto, não é uma sociedade offshore”.
Relativamente
aos três outros empresários que aparecem nos documentos, Álvaro Sobrinho surge
como beneficiário da Ulys Enterprises Ltd, Antão Holdings Ltd e Sherio
Management Limited, que foram declarados como “poupanças pessoais”.
Há ainda
registo do dono da Octapharma, empresa que contratou José Sócrates como
consultor em 2013, em que o seu nome aparece nos ficheiros da firma de
advogados como proprietário de duas companhias: a New Ruby One e a New Ruby
Two, criadas nas Ilhas Virgens Britâncias em 2011.
O advogado de
Joaquim Paulo Nogueira Lalanda e Castro refere que “as empresas estão
devidamente reportadas às autoridades fiscais suíças e plenamente integradas no
seu património”.
Outro nome
português que consta dos documentos é Pedro Carvalho de Almeida devido à
empresa NEF Investments Limited, criada em Malta em 2013, mas o próprio garante
que paga os seus impostos.
Também António
José dos Santos Ferro, que foi cabeça de lista do Nós Cidadãos pelo círculo da
Europa nas passadas eleições para a Assembleia da República, surge identificado
como um dos beneficiários da offshore PPI Corporation em 2003. “Não conheço
essa empresa, não sei nada sobre ela, nem como é que o meu passaporte e os meus
dados foram aí parar”, garantiu.
Fonte:noticiasaominuto
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