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Trata-se de um
relatório internacional sobre conhecimento e perceção da pneumonia, que teve
por base um inquérito realizado entre 23 de novembro de 2015 e 15 de fevereiro
de 2016, junto de mais de 9.000 pessoas a partir dos 50 anos, provenientes de
nove países da Europa, um dos quais Portugal.
O estudo
conclui que o conhecimento e a compreensão sobre pneumonia em Portugal é
"forte", já que 96% afirmam saber o que é a doença, 81%
identificam-na como uma infeção pulmonar e 60% acham que algumas formas de
pneumonia podem ser contagiosas.
No entanto,
existe uma "falha" na associação da gravidade da doença com o risco
de a contrair e com as suas consequências para a saúde.
Segundo o
inquérito, em Portugal, 95% das pessoas acham que a pneumonia é grave, mas
apenas 23% estão preocupadas com o risco de contrair a doença e só 27% das
pessoas com "risco mais elevado" reconhecem ter um risco muito
elevado, praticamente a mesma proporção de pessoas com baixo risco.
Quanto à
mortalidade causada por pneumonia, a perceção também é desfasada da realidade,
já que apenas 36% acreditam que "até 20% dos adultos que contraem a doença
irão morrer disso".
O inquérito
revelou mesmo que mais de uma em cada sete pessoas considera a pneumonia uma
"constipação de tipo grave" ou "semelhante à gripe".
Quando
comparado com outras causas de morte, 61% dos portugueses consideraram que a
doença cardíaca mata mais e 21% acharam que os acidentes rodoviários são
causadores do número mais elevado de mortes em Portugal.
Na verdade,
segundo o estudo, a pneumonia é responsável por sete vezes mais mortes do que
os acidentes rodoviários e 135 mais mortes do que a gripe.
Os dados de
mortalidade mais recentes, apresentados no estudo, revelam que a pneumonia foi
responsável por 5.935 mortes em Portugal, em 2013, comparativamente com 733, em
acidentes rodoviários e 44 devido à gripe.
Quanto ao
conhecimento sobre se a pneumonia se pode ou não prevenir e como o fazer,
"existe muita incerteza": metade acredita que pode ser prevenida a
outra metade julga que só pode ser tratada.
Entre as
medidas preventivas, a maioria aponta para manter-se em forma e saudável (94%),
não fumar (92%), evitar períodos longos em salas com ar condicionado (83%),
usar roupas quentes (79%), evitar contacto com crianças doentes (78%), ser
vacinado (73%).
Relativamente
à vacina preventiva contra a pneumonia, 40% dos inquiridos têm conhecimento da
sua existência, mas apenas 14% das pessoas com risco elevado de contrair a
doença foram vacinadas, comparativamente com 6% do grupo de risco mais baixo.
De entre as
pessoas que se vacinaram, a grande maioria (84%) revelou tê-lo feito por
aconselhamento médico.
O inquérito
para este estudo, que será hoje publicado, foi realizado pela Ipsos Mori, uma
empresa de estudos de mercado, no Reino Unido, Alemanha, França, Portugal,
Espanha, Itália, Grécia, Áustria e República Checa.
Ao todo
envolveu de 9.029 adultos com idade igual ou superior a 50 anos, 1.001 dos
quais portugueses.
Fonte: Lusa
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