Os jogadores de futebol detidos pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de um esquema de viciação de resultados na II Liga com foco nas apostas online, ganharia cerca de 3.500 euros por cada jogo viciado.
Os implicados neste caso, investigado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ, vão ser presentes a um juiz, nesta segunda-feira, depois de terem sido detidos no sábado passado. O Ministério Público (MP) suspeita que os implicados recebiam dinheiro para viciarem jogos da II Liga.
O Jornal de Notícias nota que, por cada jogo viciado, os envolvidos recebiam cerca de 3.500 euros, “um valor médio, que poderia ser maior se o atleta se esforçasse mais do que seria habitual para que o encontro chegasse ao resultado almejado”.
Estes elevados pagamentos, tendo em conta a média mensal de ganhos na II Liga, que ronda os mil euros por mês, é um dos dados sob suspeita e que é investigado pela PJ que também recolheu provas com escutas telefónicas.
Na origem do alegado esquema de corrupção estarão as apostas online, nomeadamente com o envolvimento de um site chinês. O JN nota que, em alguns casos, a viciação dos jogos passava pela combinação de factores como o “número de cantos marcados” e por resultados com “uma diferença de três golos”.
No âmbito do caso, foram detidos quatro jogadores do Oliveirense e outros quatro do Oriental. Foram também detidos o presidente do Leixões, Carlos Oliveira, e o director de futebol, Nuno Silva, mas, neste caso, sob suspeita de terem agido ilegalmente com o intuito de evitar a descida do clube.
ZAP
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