O Marquês de Pombal, em Lisboa, vestiu-se de vermelho para festejar mais do que “mais um título” do Benfica – o 35º, um tri 35 anos depois, o primeiro depois de Jesus.
A equipa de futebol do Benfica chegou ao Marquês de Pombal às 22:08, com o espaço completamente lotado, não só no centro, como em toda a zona envolvente daquela que é uma das principais vias de Lisboa.
O Marquês encheu-se de fumos vermelhos e o autocarro aberto, no qual se via o diretor-desportivo e ex-jogador Rui Costa à frente, acompanhado do treinador Rui vitória e do jovem Renato Sanches.
Um momento em que o autocarro dos campeões portugueses de futebol, que conquistaram o 35.º título, foi recebido ao som da música da música ‘Bailando’, um original do espanhol Enrique Iglesias, cantado por Mickael Carreira.
A estátua do Marquês de Pombal estava iluminada de vermelho e o capitão ‘benfiquista’ Luisão foi o primeiro a subir a um palco montado para o efeito, exibindo aos milhares de adeptos a mais recente conquista das ‘águias’, a taça de campeão português.
A partir dai, já com os jogadores todos no palco, assistiu-se a um banho de champanhe entre jogadores e também para o público, dando a música lugar ao ‘We are the champions’, dos Queen, habitual hino de conquistas.
“Um ano depois estamos de volta ao Marquês, esta não foi uma vitória contra ninguém, foi uma vitória de todos”, reiterou o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, dizendo também que o clube tem “um grupo fantástico, liderado por Rui Vitória”.
Foi um momento em que Vieira fez silêncio e deixou os adeptos a gritar pelo treinador.
Depois das honras ao treinador, que no início da época assumiu o comando da equipa, dirigente máximo do Benfica acabou a intervenção dizendo: “Todos os dias sonhámos chegar aqui e conseguimos”.
O microfone passou então para as mãos do jovem Renato Sanches, médio de 18 anos, de saída para o Bayern Munique, depois do seu primeiro ano de estreia na equipa principal do Benfica.
Renato Sanches mostrou-se um verdeiro mestre de cerimónia, mas também um ‘entertainer’, cantando e incentivando os adeptos para que festejassem juntos.
Tal como aconteceu no Estádio da Luz, Luisão voltou a erguer a Taça, mas o momento acabou por ser ofuscado por um adepto anónimo, vestido com equipamento de escalada e que subiu mesmo ao topo da estátua do Marquês de Pombal, na qual depositou uma imagem do falecido Eusébio, figura maior do clube.
A festa durou cerca de uma hora, depois de se cantar o hino ‘Ser benfiquista’, de Luís Piçarra, e terminou com um longo fogo-de-artifício no topo do Parque Eduardo VII, a dar cor àquela que é terceira conquista consecutiva do Benfica na I Liga.
O vendedor de pipocas é mais importante do que Jesus
No rescaldo da vitória da sua equipa na I Liga, o treinador encarnado Rui Vitória afirmou afirmou que a sua maneira de ser é totalmente diferente da de Jorge Jesus, e que o treinador do Sporting é das últimas das suas preocupações.
“Nas minhas preocupações, vêm primeiro os meus jogadores, depois a minha família, as pessoas que nos ajudam nos pequenos-almoços… os meus colegas de trabalho antigos, aí em 20º os professores das minhas filhas, em 77º o vendedor de pipocas de uma festa que eu tive e só lá para 90º o treinador do Sporting“, disse o treinador encarnado, citado pelo DN.
“Nós não jogámos contra ninguém, jogamos para nós, quisemos vencer por nós, pelos nossos adeptos, foi para todos os benfiquistas”, disse ainda Rui Vitória.
Para Rui Vitória, o Benfica foi a melhor equipa e mereceu o título.
“No final ganhou a melhor equipa, porque nós percebemos o que tínhamos a fazer em cada jogo. No final ganhou a melhor equipa, a que somou mais pontos”, concluiu Rui Vitória.
ZAP / Lusa
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