quarta-feira, 29 de junho de 2016

FÍSICOS DESCOBRIRAM COMO OLHAR PARA DENTRO DE UM BURACO NEGRO


 
Um grupo de físicos da Universidade John Hopkins e da Universidade Towson afirma ter descoberto uma maneira de observar o interior de um buraco negro.
A ideia parte do princípio de que existem certas coordenadas matemáticas relacionadas com os buracos negros que mudam drasticamente conforme a referência usada para estabelecê-las, mas outras são invariantes, ou seja, não mudam.
Um dos mistérios dos buracos negros é o que existe dentro deles. Como nada escapa a um buraco negro – nem mesmo a luz -, não conseguimos espreitar o que há no seu interior.
Até há pouco tempo, não havia nenhuma observação direta de um buraco negro. Fontes poderosas de raio-X, ou raio gama, e jatos relativísticos de matéria eram os indícios indiretos possíveis da existência de buracos negros, o que só mudou recentemente com a descoberta das ondas gravitacionais.
Segundo os cientistas, existem 17 quantidades ou coordenadas relacionadas com a curvatura do espaço-tempo que são invariantes, e como algumas destas coordenadas estão relacionadas umas com outras, apenas cinco são realmente independentes.
Utilizando apenas estas cinco quantidades invariantes, o grupo alega que é possível caracterizar completamente a curvatura do espaço-tempo dentro de um certo tipo de buraco negro.
J.P. Eekels & J.M. Overduin
Um buraco negro em rotação causa efeitos no espaço-tempo à sua volta
De acordo com o Science Alert, o trabalho, que foi apresentado no 228° encontro da American Astronomical Society e publicado no site arXiv.org, detalha quais são estas cinco quantidades para que outros físicos façam experiências para criar simulações de buracos negros.
O próprio grupo chegou a utilizar estas coordenadas para criar uma imagem fantástica.
“Nós calculamos e desenhamos, pela primeira vez, todas as curvaturas invariantes independentes de buracos negros em rotação carregados, revelando um cenário que é muito mais belo e complexo do que pensávamos”, notam os investigadores.
Agora, resta-nos esperar que outros físicos examinem o trabalho e façam as suas próprias simulações, para saber se esta teoria é realmente válida.

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