Um
novo estudo afirma que mais de metade dos portugueses usa as redes sociais, mas
apenas um terço das empresas as usa. O Facebook é a rede social mais comum em
Portugal.
O
número de utilizadores portugueses de redes sociais triplicou em sete anos,
para 54,8% em 2015, e um terço das empresas usa estas plataformas, de acordo
com estudos da Marktest e da IDC Portugal, respetivamente.
“Entre
2008 e 2015, o número de utilizadores de redes sociais em Portugal cresceu de
17,1% para 54,8%”, disse à Lusa Esperança Afonso, responsável pelo estudo da
Marktest “Os portugueses e as redes sociais 2015”, tendo em conta que 65,4% dos
portugueses usa a Internet.
Segundo
o estudo, do total de páginas da Internet consultadas durante a navegação, 15%
respeitava as redes sociais, responsáveis por 38% do tempo consumido a navegar
na rede.
O
Facebook é a rede social com maior taxa de penetração em Portugal, com 93,6%,
seguido do YouTube (41,4%), Google + (40,2%), LinkedIn (37,3%), Instagram
(28,9%) e Twitter (23,6%), segundo o estudo da Marktest.
Por
exemplo, no ano passado, a utilização das redes sociais Instagram e Tumblr
cresceu 31% face a 2014.
No
que respeita às funcionalidades utilizadas pelos portugueses nas redes sociais,
o estudo revelou que a maioria (78,1%) usa estas plataformas para enviar e
receber mensagens, seguindo-se a visualização de vídeos (67,7%), sendo que esta
última “apresenta uma tendência de crescimento”, segundo Esperança Afonso.
Em
terceiro lugar, os portugueses usam as redes sociais para comentar publicações
de amigos (67,6%), seguido do uso de serviço de ‘chat’ [conversação] (64,4%).
Ler
notícias em sites de informação (61,5%) e partilhar links (ligações) de artigos
(54,6%) são outras das funcionalidades utilizadas pelos portugueses nas redes
sociais.
O
tempo dedicado às redes sociais, segundo o estudo da Marktest, é de 81 minutos
por dia, sendo que as mulheres passam mais tempo, em média, do que os homens,
com 92 minutos diários, só sendo ultrapassados pelos jovens com idades
compreendidas entre os 15 e os 24 anos, que gastam mais de duas horas (122
minutos).
Os
‘smartphones’ (telemóveis inteligentes) são o segundo equipamento (58,1%) mais
utilizado no acesso às redes sociais, depois dos computadores portáteis, sendo
que “lidera em todos períodos [do dia para aceder às redes sociais] com exceção
entre as 20:00 e as 24:00”, adiantou a mesma responsável.
“Ainda
estamos numa fase de crescimento das redes sociais em Portugal”, concluiu
Esperança Afonso.
A
amostra deste estudo conta com 802 entrevistas a indivíduos com idades entre os
15 e os 64 anos residentes em Portugal Continental e utilizadores das redes
sociais, entre 25 de maio e 05 de junho do ano passado.
No
que respeita às empresas, apenas um terço (32,9%) afirma já ter adotado
soluções de social business, que inclui as redes sociais, segundo o estudo da
consultora IDC Portugal “IDC Portugal Tech Insights 2020” sobre ‘Social
Business’.
De
acordo o estudo, representativo das 10.000 maiores organizações em Portugal,
25,7% das empresas afirmaram não ter adotado soluções desocial business, mas
disse ter planos para fazê-lo nos próximos 24 meses, enquanto 31,4% diz não ter
adotado nem planear fazê-lo.
Além
disso, 10% das empresas inquiridas afirmou não estar familiarizada com o
conceito.
“Realmente
ainda estamos longe de ter a maioria das empresas com soluções de social
business“, afirmou à Lusa o diretor regional da IDC Portugal, Gabriel Coimbra.
Segundo
o responsável, isso “mostra alguma imaturidade” face ao mercado europeu,
“principalmente face ao mercado norte-americano”.
Gabriel
Coimbra disse que o atraso se deve “sobretudo a uma cultura empresarial ainda
pouco sofisticada no que toca aos novos modelos de colaboração digital, quer
com colaboradores, quer com clientes”.
Relativamente
a perspetivas, o responsável disse que nos próximos dois anos prevê “um
incremento significativo”, mas Portugal continuará “atrás dos níveis de adoção
verificados na Europa Ocidental”.
Em
termos de utilização das empresas das redes sociais, o Facebook lidera, com
70,4% das organizações a afirmarem já terem criado uma conta, seguida do
LinkedIn, com 53,6%, do Youtube, com 43,9%, e do Twitter, com 41,9%.
Fonte:
Lusa
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