segunda-feira, 27 de junho de 2016

Secretária dos Assuntos Europeus pede se evite “febre referendária”

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus disse hoje que este não é momento para consultas populares, sublinhando que é necessário evitar "uma febre referendária" em Portugal e nos outros Estados-membros da União Europeia.

"Não estamos em momentos de referendos e penso que o há que evitar é uma febre referendária, quer em Portugal, quer em outros Estados membros da União Europeia", afirmou Margarida Marques quando questionada sobre as declarações da coordenadora do BE, que disse hoje que se a Comissão Europeia avançar com sanções contra Portugal por défice excessivo o partido colocará na agenda um referendo em Portugal sobre a Europa.

Rejeitando que uma ideia como esta vinda de um dos parceiros de uma maioria de esquerda portuguesa possa prejudicar a imagem de Portugal, Margarida Marques considerou "natural que surjam propostas deste tipo", mas lembrou que "tudo ainda está por discutir e sobretudo uma decisão por parte da comissão" em relação à imposição de sanções a Portugal.

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus falava aos jornalistas no final dos encontros que o primeiro-ministro teve esta tarde com PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV e PAN de preparação do Conselho Europeu, que se realizar terça e quarta-feira.

Ainda a propósito das sanções, Margarida Marques recordou que o Governo tem estado a dialogar com as instituições europeias, nomeadamente a explicar a evolução orçamental em Portugal.

E, continuou, no dia 05 de julho a Comissão irá decidir se vai aplicar sanções a Portugal, "se quer adiar ou se quer voltar a discutir o assunto mais tarde".

"Não podemos adivinhar qual efeito do Brexit sobre as políticas europeias", acrescentou.

Fonte: Lusa

Comentário: os políticos não confiam nas consultas|decisões do povo… preferem ser eles e elas a decidir em conformidade com os interesses instalados. Há uns anos ouvia-se dizer com frequência: a voz do povo é a voz de Deus.
A dignidade dos cidadãos é esmagada por força das leis que são fabricadas a mando sabe-se-lá de quem.

J. Carlos

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