Quatro dos 20 arguidos detidos na semana
passada por corrupção e outros crimes relacionados com a aprovação fraudulenta
de automóveis sujeitos a inspeção ficaram em prisão preventiva, indicou hoje a
Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
No âmbito da operação 'Roda Viva', que
investiga suspeitas de crimes de corrupção relacionados com atividade
empresarial com oficinas e inspeções de automóveis, a PJ deteve, na semana
passada, 20 pessoas, entre os quais um inspetor da PJ, um militar da GNR, um
elemento da PSP e inspetores de um centro de inspeção mecânica de automóveis.
Dos 20 detidos, 17 foram presentes, na sexta-feira,
a um juiz de instrução criminal em Sintra, que decretou a prisão preventiva
para quatro arguidos, refere a PGDL, sem pormenorizar.
O juiz aplicou também aos arguidos a
suspensão do exercício de atividade e proibição de contactos, além do termo de
identidade e residência, uma vez que os fundamentos invocados não foram
julgados procedentes.
A PGDL adianta que os arguidos presentes
a primeiro interrogatório judicial ficaram "fortemente indiciados"
por corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influências, peculato,
falsificação de documentos, acesso ilegítimo e abuso de poder.
Segundo a PGDL, os arguidos
beneficiaram, entre novembro de 2015 e 21 de junho de 2016, "da aprovação
irregular de viaturas pessoais e de terceiros, que sabiam não terem as
condições mecânicas e de segurança para serem aprovadas".
A operação "Roda Viva",
realizada na zona da Grande Lisboa, envolveu 200 efetivos da PJ e foram
apreendidos nas buscas elementos probatórios e objetos relacionados com os
crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, abuso de poder, tráfico de
influências e falsificação de documentos.
A investigação da Unidade Nacional de
Combate à Corrupção (UNCC) iniciou-se há cerca de oito meses, sob a direção do
Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra.
Fonte: Lusa
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J. Carlos
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