quinta-feira, 21 de julho de 2016

360º - Quem se mete com Donald Trump leva. E o primeiro discurso pessimista de António Costa

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormiaO senador Ted Cruz, antigo candidato à Presidência, recusou esta madrugada apoiar Donald Trump na convenção republicana. Cruz foi vaiado durante o seu discurso e, fora do palco, até houve apoiantes de Trump que tiveram que ser agarrados para não reagirem de forma mais agressiva. Como escreve o João de Almeida Dias no texto sobre o últimos acontecimentos na convenção, "quem se mete com Donald Trump leva".
Com tudo isto, quase ninguém deu por Mike Pence, o candidato a vice-Presidente dos republicanos, que fez um discurso pacificador. O facto de ele estar a passar despercebido é mais uma razão para ler o texto do Observador onde se explica quem é este político evangélico, conservador e discreto.
Com tantos gritos e tanta agitação na convenção republicana - até parece um reality show - pode perder-se a noção de que Trump é um candidato real, com eleitores reais. Mas a verdade é que o milionário dá resposta a vários problemas dos americanos. Para perceber isso, basta ler esta reportagem de José Manuel Fernandes numa pequena cidade da Pensilvânia que já foi de operários fiéis aos democratas e agora está cheia de apoiantes de Trump.

Erdogan fez o que já se esperava: decretou o estado de emergência na Turquia durante três meses. O objetivo do Presidente é puro e inocente, claro: procurar "terroristas" e "remover a ameaça" ao regime. Mesmo antes desta medida, já tinham sido detidas ou afastadas mais de 50 mil pessoas.

Informação relevantePela primeira vez desde que é primeiro-ministro, António Costa falou com pessimismo. Aconteceu na terça-feira à noite, numa reunião com os deputados socialistas. Aquele a quem o Presidente da República chamou "optimista irritante"admitiu que as coisas não estão a correr bem nas metas orçamentais, nem no dossiê da Caixa, nem na relação com a União Europeia. Algumas das pessoas que assistiram à reunião ficaram convencidas que António Costa estará já a pensar em eleições antecipadas. Um dos presentes que falou com o Vítor Matos descreveu o ambiente assim: “Houve quem ficasse em grande alvoroço”.

Como referiu António Costa na reunião com os deputados, o arrastar da situação na Caixa é um dos problemas do país. Helena Garrido concorda: num artigo de opinião publicado hoje de manhã no Observador, a colunista escreve que "o caso da CGD é um guia para aprender o que não fazer". Leia, mas antes ganhe fôlego para acompanhar a incompreensível sequência de acontecimentos que é descrita no texto.

Pedro Passos Coelho também está pessimista, tal como pelos vistos António Costa. Ontem à noite, na reunião do Conselho Nacional do PSD, fez o balanço da primeira sessão legislativa e avisou que os eleitores vão sentir os problemas da economia “muito antes das autárquicas”.

Um tweet de um eurodeputado espanhol pode contribuir para o ambiente de expectativa. Ernest Urtasun, eleito pelo partido La Izquierda Plural, colocou nas redes sociais a lista de fundos estruturais portugueses que podem ser afectados pelas sanções: internacionalização da economia, inclusão social, desemprego, agricultura, etc.

E de repente, no último dia, o Parlamento rebentou de surpresa e indignação. Ao contrário do que estava previsto,Correia de Campos não conseguiu ser eleito presidente do Conselho Económico e Social. O ex-ministro socialista, escolhido depois de um longo processo de negociação entre PS e PSD, precisava de dois terços dos votos, mas ficou muito longe disso, numa eleição por voto secreto e em urna. Os socialistas acusaram o PSD de ter furado o acordo. Uns falaram em "vergonha" e outros, como Carlos César, em "falta de honra" e "falta de ética". Luís Montenegro, líder da bancada social-democrata, admitiu a surpresa: “Não estávamos de facto à espera”. Pelas palavras dos socialistas, já se percebeu que vem aí guerra.

A votação das barrigas de aluguer também foi agitada, com Pedro Passos Coelho a tentar um adiamento, mas acabou como esperado, com a aprovação da lei. Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha vetado a primeira versão, já disse o que se segue:"Promulgo, obviamente".

José Eduardo Martins, um dos poucos críticos de Passos Coelho no último congresso do PSD, não rejeita uma candidatura à Câmara de Lisboa. "Ainda não é tempo de personalizar as candidaturas”, limitou-se a dizer num programa da RTP, em reacção a uma notícia do Observador onde se escrevia que ele é o preferido pela concelhia do partido.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra voltou a decidir que não pode haver limites geográficos  à inscrição de alunos em colégios com contratos de associação, ao contrário do que decidira o Governo. A notícia foi avançada pelo Público.

Num relatório divulgado ontem, a Autoridade da Concorrência recomendou ao Governo que elimine aspráticas protecionistas nos táxis. O objetivo deve ser dar maior flexibilidade ao sector para acomodar concorrentes como a Uber e reagir às inovações tecnológicas.

A Europol alertou ontem: o Estado Islâmico tem feito"repetidas ameaças" a Portugal e a Espanha. Num relatório sobre terrorismo, a organização diz que os países europeus têm que estar vigilantes.
Ontem houve mais um susto em Bruxelas, com a detenção de um homem que usava um "casaco comprido com fios elétricos". Afinal, era só um estudante a fazer uma experiência da faculdade.

Rui Jorge sentou-se a falar com os jornalistas. E foi sincero. O selecionador da equipa que vai aos Jogos Olímpicos conversou sobre a convocatória "surreal", sobre as negas que recebeu de clubes e jogadores e sobre o facto de ter tido de "suplicar" para conseguir ter uma equipa.

Os nossos Especiais

"O único impedimento de um pai é a amamentação. Podem fazer tudo como as mães". A frase, forte, é dita pelo juiz Joaquim Manuel Silva em entrevista à Sónia Simões. O magistrado do Tribunal de Família e Menores de Sintra toma todos os dias decisões sobre o destino de filhos de pais que se divorciam. E diz que tanto o pai como a mãe são fundamentais para o desenvolvimento da criança.

O economista de Oxford David Vines acha que ainda é possível o Reino Unido manter-se na União Europeia. Ementrevista ao Nuno André Martins, fala do Brexit e dos problemas do sul da Europa - para ele, tem que haver uma reestruturação da dívida.

Notícias surpreendentes

Estreia hoje o novo "Caça-Fantasmas". O filme tem agora apenas mulheres como protagonistas, mas, de resto, pouco mudou, como explica o crítico de cinema Eurico de Barros: "O filme cola-se obediente e totalmente ao modelo dos dois filmes de Ivan Reitman, ou não estivéssemos a falar de umblockbuster de verão manufacturado no coração da indústria cinematográfica americana em era de secura criativa extrema".Resultado: duas estrelas.
Há ainda mais dois filmes para ver esta semana: "A Idade do Gelo - Big Bang" traz de volta Sid, Mike, Diego, Buck e Scratch; e "Terror na Escuridão" é um razoável filme de terror.

Hoje começa o Milhões em Festa, um festival de músicaque gosta de ser mais alternativo. Tem muita música, muitas bandas - e uma piscina. A Sara Otto Coelho conta tudo.

Como se decide onde aparecem os Pokémons? A resposta (pela qual você estava ansiosamente à espera) está aqui. E quais são os negócios portugueses que já lucram com a loucura do Pokémon Go? Veja aqui.

Tendo em conta tudo o que vê e ouve sobre Donald Trump, já está com saudades de Obama? Então veja as 55 melhores fotos do (ainda) Presidente americano numa escolha feita pelo seu fotógrafo oficial, o luso-americano Pete Souza.

Por aqui, no Observador, vamos estar atentos a toda a atualidade. E mais logo, às 16h, vamos estar colados à televisão a ver a nossa selecção de futebol sub-19 a jogar a meia-final do Europeu (contra a França...).
Até já!
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