O relatório anual da Europol sobre as
tendências das actividade terroristas em 2015, divulgado esta quarta-feira,
alerta para a existência nesse ano de "recorrentes ameaças do Estado
Islâmico (EI) contra a Península Ibérica e contra os Estados europeus que fazem
parte da coligação militar" que combate o EI.
Segundo
a edição desta quinta-feira do "Diário de Notícias", o SIS reconhece
as ameaças do Daesh a Portugal no quadro geral da Península Ibérica, mas houve
uma situação em que a ameaça foi directa. "Foi registada uma "menção
ao nosso país através da apresentação, num vídeo de difusão da mensagem
jihadista, da bandeira nacional inserida no conjunto de bandeiras de países que
integram a coligação contra o Daesh", refere o director do SIS, Neiva da
Cruz.
Outras
ameaças contra a Portugal foram também divulgadas este ano, mas, depois de
analisadas, foram desvalorizadas pelas autoridades portuguesas que monitorizam
e investigam o terrorismo, avança o alto dirigente das secretas portuguesas ao
mesmo jornal.
O
Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) não
fica surpreendido com as ameaças ao Al Andalus, mas reduz o risco sobre
Portugal em concreto. "Não é novo que uma das ambições estratégicas dos
jihadistas é formar um grande califado que inclua o antigo Al Andaluz, de que
fez parte Portugal", adianta ao DN o presidente do OSCOT, António Nunes.
Ainda
assim, acrescenta,"Portugal não está na primeira linha: não temos
participado de forma directa nas coligações que atacam o EI, não temos uma forte
comunidade muçulmana nem esta serve de base de apoio a potenciais terroristas,
não temos jihadistas extremistas, não temos valor estrutural, económico e
social".
Lembrando
que "nenhum país tem risco zero", António Nunes pensa que este
"alerta" da Europol deve ser entendido como "um sério aviso aos
países, como Portugal, para que mantenham um nível elevado de organização
policial e de intelligence, de modo a terem uma rede que permitam alertas
precoces sobre potenciais atentados e se consiga ou evitá-los ou, na pior das
hipóteses, minimizar as consequências".
Fonte:
Lusa
Comentário: em Portugal, depois de acontecer é que tomam medidas, sendo uma delas um rigoroso inquérito, cujas conclusões são conhecidas antes de se iniciar.
J. Carlos
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