sábado, 16 de julho de 2016

“CASO CGD VAI ESTOURAR NAS MÃOS DO GOVERNO”


 
José Sena Goulão / Lusa
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho
Passos Coelho está revoltado porque António Costa está “alegremente a conduzir o país para uma situação pior”, enquanto adia problemas à espera de “eleiçõezinhas”. Declarações do líder do PSD numa entrevista onde ainda prevê que o caso CGD vai “estourar nas mãos” do governo.
Numa entrevista conjunta à TSF e ao Diário de Notícias, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelhoacusa António Costa e o seu Executivo de fragilizar a banca, nomeadamente pela forma como tem lidado com a Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O líder do PSD assume que a CGD “tem um problema de rentabilidade, também devido à política do BCE – que está a acontecer sobre todos os bancos”, mas rejeita a versão do governo de Costa de que o executivo PSD-CDS deixou um desvio de três mil milhões de euros no banco do Estado.
Está a induzir as pessoas em erro. Não existe um buraco na CGD, não é sério“, aponta Passos Coelho na entrevista, considerando que a forma como o ministro das Finanças, Mário Centeno, falou do assunto é “perigosa e inaceitável”.
“Está a lançar uma suspeita sobre a CGD e sobre o resto dos bancos portugueses, e isso vai estourar-lhe nas mãos“, vaticina o ex-primeiro-ministro.

“Riscos muito sérios” de haver um segundo resgate

Falando de uma “retórica incendiária em relação ao sistema financeiro”, Passos acusa Costa de pretender “criar a convicção de que o Governo herdou uma situação caótica na banca que impede hoje o país de crescer e o Governo de fazer o que queria”.
“Com esta abordagem de dar a entender que receberam um país em circunstâncias horríveis, paraandarem a denegrir o que fez o Governo anterior, estão a semear condições para tornar o sistema financeiro ainda mais vulnerável. E isso pode ter consequências desastrosas”, prevê.
“Há riscos muito sérios que se estão a correr com estas políticas” do governo de Costa, diz ainda sobre a possibilidade de um segundo resgate, até pela dúvida e potencial nova crise financeira que pode assolar a Europa.

“Despesa adiada à espera de eleiçõezinhas”

Manifestando a “revolta” pela estratégia do governo, Passos salienta que “as pessoas sabem que estão a agravar as perspectivas de futuro do país”.
“Estão alegremente a conduzir o país para uma situação pior apenas para poderem dizer que o passado foi pior do que as pessoas julgavam, para desqualificar os adversários e para poder – demagogicamente – atrair votos“.
A “despesa está a ser adiada, chutada para a frente. Não se trata de maquilhar, é recorrer a expedientes”, acusa Passos, prevendo que “as receitas vão ficar muito aquém” do esperado e que não acredita na perspectiva do governo de que o défice fique abaixo dos 3%.
“O risco que estamos a correr é de o défice ficar acima dos 3%”, diz Passos.
“E quando ouço o ministro das Finanças e o primeiro-ministro dizerem que não, parece conversa de pura demagogia política de quem está à espera de eleiçõezinhas daqui a uns meses e quer chegar lá em boas condições”, considera o ex-primeiro-ministro na entrevista.
SV, ZAP
Comentário: assistimos a um cenário politico onde não há vergonha, nem prudência na linguagem, menos ainda nos adjectivos que são usados como armas de arremesso.
Este sujeito, e todos os outros que ao longo dos anos destruíram o que de melhor o País teve, passeiam-se impunes, atribuindo culpas uns aos outros quais virgens da narrativa bíblica.
Cada vez que abrem a boca é para tentar justificar o injustificável, fazendo do povo eleitor pacóvio.

J. Carlos

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