sábado, 16 de julho de 2016

MARCELO LEVANTA SIGILO DO CONSELHO DE ESTADO EM DEFESA DE CAVACO


 
Nuno Veiga / Lusa
Afinal, Cavaco Silva não teve um discurso pró-sanções, durante o Conselho de Estado de segunda-feira, 11 de Julho, conforme se noticiou. A defesa do ex-Presidente da República é feita por António Lobo Xavier – com a devida autorização de Marcelo Rebelo de Sousa.
Na quarta-feira, o Público noticiou que Cavaco Silva foi o único conselheiro de Estado presente no encontro convocado para segunda-feira passada pelo Presidente da República a não alinhar no discurso anti-sanções.
O diário sublinhava que o ex-Presidente da República teria vincado a importância decumprir as regras europeias assumidas e que assim, teria legitimado as sanções.
Afinal, Cavaco Silva não interveio nesse tom, conforme revelou o conselheiro António Lobo Xavier, ex-dirigente do CDS-PP, no programa da SIC Notícias “Quadratura do Círculo”.
Antes de defender Cavaco, Lobo Xavier teve, contudo, que pedir autorização a Marcelo Rebelo de Sousa para quebrar o sigilo a que todos os conselheiros de Estado estão obrigados, conforme revela o próprio em declarações ao Expresso.
O comentador da SIC Notícias refere ao semanário que Marcelo o autorizou a repor “a verdade” e a “justiça” quanto a Cavaco Silva e ao tema das sanções.
O Expresso reforça que houve seis conselheiros presentes no encontro com o Presidente da República que não falaram das sanções, entre os quais Cavaco Silva.
O ex-Presidente da República “fez uma detalhada intervenção sobre a situação económica do país, afastando pessimismos sobre o impacto da conjuntura externa, e lembrando os compromissos externos de Portugal, mas sem falar de sanções”, aponta o semanário.
Expresso refere, aliás, que, juntando-se esta intervenção de Cavaco às declarações que se seguiram de António Costa – que “partilhou o cenário de boas perspectivas para a economia portuguesa e europeia” -, “para Marcelo Rebelo e Sousa, à cabeceira da gigante mesa da reunião, desta vez, não houve um, mas dois otimistas ‘irritantes’“.
ZAP

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