Centeno acusa Governo de Passos. PSD
desresponsabiliza-se de culpas.
© Global Imagens
Mário Centeno anunciou ontem, no
Parlamento, que "há um desvio enormíssimo no plano de negócios que o
Governo anterior geriu com a CGD, que atinge verbas superiores a 3 mil milhões
de euros”. O ministro das Finanças culpou o anterior governo pela má gestão do
banco público. As reações não se fizeram esperar com ninguém a querer assumir
as culpas.
Foi Mário Centeno largou a bomba,
criticando as “cambalhotas ideológicas” dos partidos que apoiavam o anterior
governo e que atuavam “sem nada fazer”.
"Já todos percebemos também para
debaixo de que tapete foi varrida a limpeza da dita saída", disse Centeno,
garantido que o atual executivo quer agir de maneira diferente.
Do outro lado, ninguém ficou calado.
Leitão Amaro acusou Centeno de estar a “aumentar a incerteza e a insegurança
sobre a CGD” e de não informar “quais são as necessidades de financiamento da
Caixa".
"Quando precisávamos que o Governo
trouxesse confiança e transparência, o Governo veio, pela voz do ministro das
Finanças, criar um facto que é falacioso e que deixa uma dúvida e uma incerteza
que não faz sentido. Esta história de hoje [o desvio de 3.000 milhões de euros
identificado no plano de negócios] não corresponde a um buraco na Caixa",
disse, lembrando que "eventuais diferenças face a previsões de
rentabilidade se devem à queda significativa da Euribor, que é muito boa para
os portugueses que têm créditos à habitação, mas que esmaga a margem financeira
dos bancos"
Da parte do CDS, Cecília Meireles acusou
o ministro de "infelizmente fazer declarações que são muito incompletas e
que agravam o verdadeiro vendaval de boatos em que este Governo envolveu a
CGD".
Em dia de jogo da Seleção, até a equipa
das Quinas serviu de desculpa para não falar no assunto. Passos Coelho, em
visita a uma feira de artesanato em Cascais, recusou-se a comentar qualquer
assunto que nada tivesse a ver com futebol.
Marcelo Rebelo de Sousa, que está
‘sempre em todas’, também foi desafiado a comentar, mas preferiu manter-se à
margem de polémicas e não tirou partido de ninguém. "Toda a gente já tinha
a noção que quando se falava numa reestruturação da Caixa e se falava numa
recapitalização havia falta de capital", disse, recusando-se a apontar
culpas a quem quer que fosse.
Agora, a preocupação será proceder à
alteração da administração para poder recomeçar o processo de revitalização do
banco. Centeno garante que um novo plano de negócios já está a ser pensado.
Fonte:noticiasaominuto
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