Pierre
Gagnoud, procurador da república de Moulins, em França, disse à agência Lusa
que o condutor do veículo envolvido no acidente de viação em que morreram 12
portugueses em Março vai ser libertado "nos próximos dias".
"O
juiz de instrução ordenou a libertação sob controlo judiciário que inclui a
interdição de deixar o território francês, a proibição de entrar em contacto
com os protagonistas deste caso, a obrigação de fixar a residência em França
numa morada que foi determinada e a obrigação de entregar uma caução de onze
mil euros. A libertação deverá acontecer nos próximos dias", declarou o
procurador.
Pierre
Gagnoud indicou que recorreu da decisão, mas que a justiça confirmou a decisão
do juiz de instrução e que o jovem vai ser libertado.
"Tinha
recorrido da decisão porque considerei que o domicílio e o contrato de trabalho
em França entregues ao juiz não eram suficientes para evitar o risco de fuga
para Portugal ou Suíça. Depois, considerei que havia risco de concertação
fraudulenta com os protagonistas deste caso porque sabemos que havia um segundo
veículo que foi encontrado. Em terceiro lugar, considerei que havia riscos de
pressões sobre as testemunhas", explicou.
O
tio do condutor continua em prisão preventiva, mas o período legal dessa
detenção termina no final de Julho e houve pedidos de libertação sob caução aos
quais o procurador se opôs.
Pierre
Gagnoud não pôde precisar a data do julgamento, mas disse que "não deverá
acontecer antes do final de 2017 e é possível que seja mais tarde".
Doze
portugueses, com idades entre os 07 e os 63 anos, morreram na sequência do
choque frontal entre a carrinha em que seguiam e um veículo pesado, em Março,
na estrada nacional 79, perto de Lyon, na localidade de Moulins.
Fonte:
Lusa
Foto:
dr
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