O Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje que pondera ir a Fátima por
conta da vitória da seleção nacional no europeu de futebol, destacando a
resistência dos jogadores que "aguentaram de uma forma quase sobre-humana".
Em declarações a
um pequeno grupo de jornalistas, no Palácio de Belém, no final da cerimónia de
receção à seleção nacional, que domingo venceu o campeonato europeu de futebol,
Marcelo Rebelo de Sousa assumiu-se como "um homem de fé" e confessou
que rezou muitos terços, tal como o selecionador Fernando Santos.
"Rezámos
muito terços. Ele e eu [Fernando Santos]. Muitos. Ainda vou a Fátima por conta
disso", admitiu.
O Presidente da
República considera que esta vitória é "fruto de muito trabalho, de muito
mérito, do presidente da Federação, da equipa federativa, do grande treinador
que é Fernando Santos, contra tudo e contra todos", destacando que os
jogadores "aguentaram de uma forma quase sobre-humana".
"O que
Portugal teve superior aos outros, além do talento e do génio de vários
jogadores, foi o espírito de equipa e a resistência. Eu nunca pensei que,
jogando tantos prolongamentos, chegando a penáltis e portanto jogando mais
tempo do que as outras equipas, com intervalos por vezes muito curtos, que
aguentam-se tanto", afirmou.
Os campeões
europeus estiveram cerca de uma hora nesta cerimónia, na qual receberam os
alvarás de concessão das condecorações, ouviram os discursos do Presidente da
República e do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol e foram aplaudidos
pelos milhares de pessoas que aguardavam na Praça Afonso de Albuquerque, em
frente ao palácio.
A seleção
assomou-se, juntamente com o Presidente da República, à varanda dos jardins do
Palácio de Belém com vista para a praça, da qual ouviram o hino tocado pela
banda da GNR.
Não só os
jogadores, mas também Marcelo levantou e pegou na taça, enquanto as pessoas
concentradas na praça cantavam e gritavam pelo nome de Portugal e dos seus
heróis nacionais, que traziam cachecóis a dizer "Campeões Europeus".
Depois, os
jogadores voltaram a cruzar os jardins do Palácio de Belém para regressar aos
dois autocarros panorâmicos que transportavam toda a equipa, com as cores da
seleção nacional, onde se lia a palavra "Campeões", e aí muitos dos
funcionários presentes pediram autógrafos e tiraram fotografias com os seus
ídolos.
Nas despedidas,
Marcelo deu um forte abraço a Cristiano Ronaldo e sussurrou-lhe ao ouvido
palavras que apenas os dois sabem quais foram.
Foto: Lusa
Foto: Global
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