quarta-feira, 27 de julho de 2016

Vêm aí 48 horas de greve na saúde e só os médicos não aderiram

Sindicato garante que haverá "perturbação nos serviços de tal modo que o Governo vai perceber que é preciso negociar as 35 horas para os trabalhadores com contrato individual".

Na quinta e sexta-feira os trabalhadores da saúde vão estar em greve. Trata-se de uma paralisação convocada pelos sindicatos afectos às duas centrais sindicais - CGTP e UGT - em defesa da aplicação das 35 horas de trabalho no sector.

José Abraão, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, não tem dúvidas que o protesto vai afectar os utentes.

"As consultas externas hão-de sofrer perturbações, assim como nos blocos operatórios, mesmo nas urgências o tempo de espera no atendimento. Estou certo que haverá perturbação nos serviços de saúde de tal modo que o Governo vai perceber que é preciso negociar as 35 horas para os trabalhadores com contrato individual de trabalho", afirmou à Renascença.

De fora do protesto ficaram os médicos, mas ainda assim não vão conseguir trabalhar normalmente, afirma o sindicalista.

Os sindicatos exigem ainda “o pagamento de todo o trabalho extraordinário pelas percentagens originais e a admissão de pessoal", disse a coordenadora da CGTP, Ana Avoila, na conferência de imprensa feita no início de Julho, para anunciar a greve.

A redução do horário laboral na Função Pública, de 40 para 35 horas, entrou em vigor no dia 1 de Julho, mas em sectores sensíveis, como na saúde, a medida não teve efeito imediato.


Fonte:rr.sapo.pt

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