Após os 40 deve-se trabalhar somente três dias por semana, afirma estudoREUTERS/Axel Schmidt
Você
já deve ter ouvido aquela máxima de que o cérebro, assim como
o
nosso corpo, precisa estar em constante exercício para ficar em
forma.
Manter-se em atividade seria bom para combater os desgastes
cognitivos
naturais que vem com a idade, certo? Não é bem assim,
segundo
um estudo realizado em Melbourne, na Austrália.
Você
já deve ter ouvido aquela máxima de que o cérebro, assim como
o
nosso corpo, precisa estar em constante exercício para ficar em
forma.
Manter-se em atividade seria bom para combater os desgastes
cognitivos
naturais que vem com a idade, certo? Não é bem assim,
segundo
um estudo realizado em Melbourne, na Austrália.
Médicos e cientistas aplicaram testes cognitivos em cerca de 6 mil pessoas e concluíram que trabalhar demais depois dos 40 anos pode fazer mais mal do que bem para o cérebro. O ideal, dizem eles, seria trabalhar não mais do que três dias por semana, para manter o cérebro na melhor forma possível.
Será então que o melhor mesmo, depois dos 40 anos, é desacelerar? “Uma droga pode te salvar e a mesma droga pode te matar. O que faz a diferença é a dosagem”, compara Ana Lúcia Chiappetta, fonoaudióloga e doutora em Neurociências da UNIFESP. “A meta e a cobrança são nefastos para todas as idades. Manter-se ativo do ponto de visto motor e cognitivo continua sendo benéfico, mas a maneira como você lida com essas atividades, pode ser benéfica ou maléfica”, explica.
A pesquisa australiana aplicou diferentes testes nos pacientes. Foram leituras em voz alta, memorização de listas e desafios de combinar cores e letras. A conclusão: pessoas que trabalham mais de 60 horas por semana tiveram desempenho pior do que aquelas que não faziam quase nada.
Ponto de equilíbrio
O Dr. Norberto Frota, coordenador o grupo científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, diz que o estudo australiano confirma algo que já era percebido por seus pares. “O que a pesquisa mostra é a intensidade. É preciso ter um limite, a partir do qual a atividade passa a ser danosa. A ideia não é ficar sem fazer nada, é não sobrecarregar. A curva não é linear: chega um momento que eu acabo sobrecarregando meu sistema”, afirma Frota.
Em um momento em que a população mundial envelhece e quase todos os países começam a retardar a idade da aposentadoria, saber que não faz bem trabalhar demais com idade avançada não é lá uma boa notícia. Mas, mais importante do que trabalhar menos, dizem os especialistas, é trabalhar em atividades menos estressantes, como explica a Dra. Chiappetta: “Quando está sob pressão e ansioso, você libera cortisol e adrenalina, que provocam uma série de eventos em cascata, como excesso de açúcar e diminuição da melatonina, que corta o sono. São situações que degradam os seus neurônios.”
Fonte:br.rfi.fr/ciencias
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