Opinião
Não há qualquer justificação plausível
que justifique essas entidades usufruírem de uma verba que não vai em nada
contribuir para o aumento de dadores para a dádiva de sangue, mas sim para essa
verba ser consumida num forrobodó cada vez mais crescente visto que cada vez
são premiados com valores monetários sem nada fazerem a não ser para alimentarem
passeios em território nacional e estrangeiro e gastronómicos que nada tem de
matéria valida para a dádiva de sangue, mas sim para que alguns elementos pulem
como nababos do Dubai, de folha em folha numa flor meia seca, à conta desses
subsídios.
É tempo ou mais que tempo, das entidades
responsáveis rever a legislação, e eliminar essas benesses às federações.
É tempo de como sempre dissemos serem as
suas federadas a pagar quotas e não viverem à sombra da bananeira.
Ainda à dias numa reunião com dirigentes
de outras instituições, foi abordado este tema verificando-se que as federações
usufruem sem nada fazerem, mais do que está previsto, quando à associações que
sobrevivem da benemérita ajuda de alguns cooperantes.
Está provado que qualquer das federações
tem como federadas algumas associações fantasmas, outras inactivas e ainda
outras federadas em ambas as federações, pelo que nessa situação engrossam o número
de federadas dando assim para efeitos de subsídio uma vantagem enganosa da qual
se aproveitam mas que o IPST tem a responsabilidade de alterar.
São situações destas que levam a que
muitos dirigentes se desmotivem e se afastem do associativismo da dádiva.
As Associações e Grupos são as entidades
próximas dos dadores, assim como secções de dadores dos bombeiros, dos lions, dos
rotários, e escuteiros entre outros, que trabalham no terreno todos ou quase todos os dias acabam por ser os que mais fazem pela dádiva, mas também os mais
desfavorecidos como de filhos ilegítimos se tratem.
É tempo de terminar esta discrepância e acabar
com esta situação de favorecimento a esses dois clubes de amigos que dão pelo
nome de federações.
As associações são avaliadas na sua
facturação todos os anos e se algum valor não estiver enquadrado na lei que
regula a candidatura, embora realizado a favor da dádiva de sangue são de
imediato notificadas para a sua devolução ao IPST, no entanto é desconhecida a directriz que devia avaliar os gastos das federações como combustíveis,
alimentação, estadias, viagens e afins.
Conhecemos bem as federações e sabemos como
funcionam, só um verdadeiro forrobodó e sem controlo, é possível desbaratarem
os milhares de euros que lhes são atribuídos anualmente.
É tempo de pôr fim a esta vergonha, basta
de oportunismo pois de outra maneira poderá ser tempo de avançar com uma
petição para a Assembleia da Republica a solicitar a mudança da legislação que
permite esta aberração. É tempo.
Por José Passos
Presidente da Direcção da Ass. Dadores de Sangue
do Distrito de Viana do Castelo
Fonte: A Gota de Sangue | Volume 08,
edição 10 Agosto de 2016
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