Oito apresentadoras de televisão foram suspensas do canal estatal do Egípcio por estarem “acima do peso”.
Depois da revolta que, em 2011, levou à renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak, a audiência da televisão estatal caiu drasticamente no país.
Entre muitos egípcios, o órgão de comunicação é considerado como uma fonte de propaganda do novo regime e altamente tendencioso.
Para fazer frente a essa queda de audiências, a diretora da estação, Safaa Hegazyà, decidiu suspender oito apresentadoras por estarem “acima do peso”.
A decisão “surge no quadro do desenvolvimento, tanto na forma como no conteúdo, da programação”, disse a diretora à AFP.
As profissionais foram suspensas durante um mês, período no qual devem perder peso. Só assim poderão voltar ao pequeno ecrã.
Em declarações à mesma agência noticiosa, Khadija Khatab, uma das pivôs afetadas pela decisão, afirmou sentir-se caluniada e desrespeitada pela direção.
Diversos grupos de defesa pelos direitos humanos e pelos direitos das mulheres manifestaram-se contra a atitude de Hegazyà, considerando-a “discriminatória”.
É “vergonhosa” e “contrária” à Constituição, apontou o Centro de Assistência Jurídica para as Mulheres Egípcias.
Por sua vez, a diretora da estação não compreende a revolta e rejeitou qualquer acusação de sexismo.
“Como pode haver discriminação contra as mulheres numa instituição gerida por uma?”, questionou.
ZAP / Lusa / Hypeness
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